Anúncio de reajuste dos preços do diesel e da gasolina na terça-feira, 15, já elevou os valores praticados nos postos da Capital do Vinho

O preço do litro da gasolina já pode ser encontrado acima dos R$ 6 em diversos postos de combustíveis de Bento Gonçalves nesta quarta-feira, 16. O reajuste é decorrente do aumento anunciado pela Petrobras na terça-feira, 15, que elevou em R$ 0,41 o valor cobrado pelo combustível nas refinarias. Com isso, a média de preços na Capital do Vinho deve variar entre R$ 5,97 a R$ 6,15.

A elevação no valor dos combustíveis, segundo a Petrobras, é decorrente do forte risco de desabastecimento junto às importações, situação que já vinha sendo alertada, inclusive pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) ainda em junho passado. A expectativa do órgão era de que já no mês de julho, o volume importado fosse bem menor do que vinha acontecendo, potencializando o risco de desabastecimento. A previsão era de que na segunda metade de agosto a situação se agravasse ainda mais.

Conforme a Abicom, na primeira quinzena, as importações ainda consumiram o volume fornecido pelas refinarias da Petrobras e, na segunda quinzena, quando elas dependem mais de volume importado, elas já estão demonstrando preocupação com a disponibilidade no mercado.

Na época, a Petrobras negou o risco de desabastecimento, garantindo que a demanda nacional vinha sendo atendida tanto pela estatal, quanto pelos demais produtores e importadores que atuam no mercado brasileiro.

Apesar desse reajuste, no ano o preço da gasolina vendida às distribuidoras acumula redução de R$ 0,15 por litro. Já para o diesel, há redução de R$ 0,69 por litro. 

Para se ter uma ideia, o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores além do próprio reajuste da Petrobras. Ainda há inserção de impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.

Evolução do preços dos combustíveis nos últimos anos

Nota Oficial da Petrobras

A partir de amanhã (16/08), a Petrobras aumentará em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 2,93 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba.

No ano, a variação acumulada do preço de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de R$ 0,15 por litro.

Para o diesel, a Petrobras aumentará em R$ 0,78 por litro o seu preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,80 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,34 a cada litro vendido na bomba.

No ano, a variação acumulada do preço de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de R$ 0,69 por litro.

Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.

Importante esclarecer que a implementação da estratégia comercial, em substituição à política de preços anterior, incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação. Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes.

No entanto, a consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, e estando a Petrobras no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, torna necessário realizar ajustes de preços para ambos os combustíveis, dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras.

Ciente da importância de seus produtos para a sociedade brasileira, a companhia reitera que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente.

Transparência é fundamental.

De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referentes à sua parcela e dos demais agentes na formação e composição dos preços médios de combustíveis ao consumidor.