Um homem, de 27 anos, natural de Bento Gonçalves, foi morto e teve partes do seu corpo arrancadas dentro de uma cela da Penitenciária Masculina de Lages, em Santa Catarina, na manhã de sexta-feira, 6 de outubro. De acordo com as informações, Kelvin Salini, morreu asfixiado na ala LGBTQIAP+ por dois apenados, um jovem de 22 anos e outro de 42 anos, que após o crime, assumiram a autoria. O rapaz foi encontrado por policiais penais que faziam contagem dos detentos no estabelecimento prisional.

De acordo com a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa de Santa Catarina, o crime foi motivado por desavenças pessoais entre os envolvidos.

Em nota, o governo catarinense informou que os procedimentos para apurar a morte de Salini foram instaurados após a ocorrência.

O corpo do rapaz foi transladado para Bento Gonçalves, onde está sendo velado na Sala A da Funerária Giacobbo. O enterro ocorre logo mais, às 14h, no Cemitério Municipal do bairro São Roque.

Nota Oficial

A Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa, por meio da Superintendência Regional Serrana, vem a público nesta manhã de sexta-feira (06) para confirmar o óbito de um interno alocado na cela do Presídio Masculino de Lages destinada exclusivamente à população autodeclarada LGBTQIA+.

Com base nos dados registrados no boletim de ocorrência, dois detentos compartilhando a mesma cela, que também se autodeclararam como parte da população LGBTQIA+, assumiram a responsabilidade pelo crime. Entretanto, é crucial enfatizar que os detalhes associados a este evento trágico indicam que o ocorrido não está relacionado com a identidade de gênero e orientação sexual, mas sim, decorre de conflitos pessoais entre os indivíduos alojados na cela, como mencionado no referido boletim de ocorrência.

Todos os procedimentos administrativos necessários foram prontamente acionados, incluindo a notificação dos familiares do interno falecido e das autoridades de controle competentes sobre essa fatalidade.