Sua alma dança no ritmo que você conduz sua vida

Uma mulher que se empenha em dar o seu melhor, com amor ao que faz. Seja no trabalho, nas relações pessoais e na busca pelo próprio equilíbrio. Assim é Ana Paula Zuccoloto, uma taurina apaixonada pela sua família, pelo ballet e muito dedicada em tudo que abraça.

Filha de Zita Paulina Dal Ri Zuccolotto (in memoriam) e Delcio Zuccolotto, revela que seus pais sempre foram a sua base. “Essas duas pessoas batalharam muito para poder oferecer para mim e meu irmão, Felipe, boas possibilidades de estudo. Formaram o meu caráter e os meus valores. Me ensinaram a importância do respeito e da honestidade, que o ser é mais importante que o ter e me incentivaram para que eu enfrentasse os desafios da vida. Sempre foram meu porto seguro e me fizeram perceber que a família é o bem mais precioso que existe”, considera.

Ela divide sua vida com o marido, Anderson Rech. “Casamos há três anos. Porém, nossa história vem de mais tempo. Nos conhecemos em 2006, no final do período escolar. Sempre nos demos muito bem. Admito que, como iniciamos a namorar cedo, desconfiava que talvez não seria duradouro. Mas nosso companheirismo fez com que amadurecêssemos juntos e seguimos firmes, felizes e dando suporte um ao outro”, afirma.

Sua trajetória

Ana Paula revela que sempre foi uma criança tímida, mas ao mesmo tempo curiosa, que apresentou desde cedo a vontade de dançar e aprender ballet. “Com cinco anos entrei para o ballet e sempre fui muito incentivada, principalmente porque acreditavam ser uma forma de perder a timidez. E realmente, no palco me sentia muito entusiasmada e confiante. Então, cresci neste meio da dança e fui me envolvendo cada vez mais. Na minha adolescência, minha dedicação ao ballet se tornou diária. Pelo menos quatro horas por dia, de cinco a seis vezes por semana estava lá, era praticamente minha segunda casa, a escola Dora Ballet. Aprendi muito no decorrer deste tempo”, lembra.

Ela também recorda que foi muito feliz em sua vida de bailarina, conquistando diversas medalhas e troféus, além de indicações de melhor bailarina. “Inclusive no Bento em Dança, em 2005, com apenas 15 anos de idade, conquistei o título de melhor bailarina do evento. Isso foi uma realização imensa”, celebra. As competições continuaram até os 23 anos, quando novos caminhos tiveram que ser trilhados, claro, envolvendo a dança. “Alguns convites para trabalhar como professora começaram a surgir e aproveitei as oportunidades, deixando de lado outros rumos profissionais anteriormente traçados. A partir disso, passei a viver a dança de uma forma diferente, fazendo do ensino do ballet minha profissão”, expõe.

Na profissão

Ana é formada em Educação Física pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e pós graduada em Dança pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Atualmente, é diretora, professora e coreógrafa da Bailarte Escola de Ballet, que administra juntamente com Patrícia Rigatto Paese. Apesar de inicialmente ter focado seus estudos na área da comunicação, percebeu que a paixão pela dança, em especial pelo ballet, falou mais alto. “Percebi que minha vida estava muito envolvida com a dança e que eu não seria feliz se me afastasse deste ramo. Então, no momento em que surgiu o primeiro convite para dar aulas eu troquei o curso de jornalismo para o de educação física e percebi que estava no caminho certo”, salienta.

Porém, apesar de já ter saído da sala de aula como estudante, o aprendizado nunca parou. “Ainda sigo cursando e estudando metodologias de ensino de ballet clássico para crianças, adolescentes e adultos em fontes mundialmente reconhecidas para proporcionar o melhor para meus alunos, sempre com muita responsabilidade”, frisa.

Ela pondera que sua vida é uma constante mudança e vê o momento atual como o melhor de sua carreira. “Tenho bastante experiência como professora, mas ser administradora ainda é um desafio, estou em constante aprendizado. Porém, gosto muito de poder trabalhar com as diversas fases da vida dos meus alunos. Cada fase tem suas características e necessidades. Em muitos casos acompanho eles de crianças pequenas até o final da adolescência. É muito bom perceber a evolução deles”, esclarece.

Favoritos

Você tem hobbies ou passatempos? Pintura em telas.
Felicidade: Ter pessoas que te querem bem por perto.
Saúde: privilégio que nos permite fazer tudo.
Praia ou campo? Campo.
Quais são seus pontos fortes? Considero-me uma pessoa emocionalmente forte.
O que faz você rir? O dia-a-dia com as crianças.
Quem a inspira? Por quê? Minha mãe. Meu maior exemplo de força e ao mesmo tempo de serenidade e amor. Acredito que o essencial para viver e conviver bem se baseia nisso.
Um ídolo: Natalia Osipova.
Um filme/ série: A História de Deus.
Uma paixão: a dança.
Música? Qual sua preferida? Feeling good (Nina Simone).
Livros? A última grande lição (Mitch Albom), Propósito (Sri Prem Baba), Sementes de Sabedoria (Chagdud Tulku Riponche).
Viagens? Qualquer lugar ao lado das pessoas que eu amo e acompanhada de um bom chimarrão.
Sobre o futuro, quais são os seus planos? Seguir no meu propósito de fazer o meu melhor dentro das possibilidades. As vezes não adianta passar a vida planejando. Ela é uma surpresa e temos que saber escolher os caminhos e estar preparados para abraçar as oportunidades.