A tensão politica de Monte Belo Sul, que há muito tempo é comentada nos bastidores, eclodiu na última semana em uma queda de braço entre os Poderes Executivo e Legislativo. O resultado é a falta de professores para as aulas de 15 crianças de uma turma do Maternal da Escola Municipal Caminhos do Aprender. Na quarta-feira, 18 de março, uma liminar da Justiça determinou prazo de 48h para que a Prefeitura ofereça o devido atendimento as crianças matriculadas sob multa diária de R$ 10 mil.

De acordo com o assessor jurídico da Prefeitura, Adroaldo Dal Mass, o impasse iniciou em fevereiro após a exoneração de uma professora e a concessão de licença-prêmio a outra. O prefeito Lírio Turri, então, encaminhou projeto de contratação temporária de professoras para o Ensino Fundamental, que foi rejeitado na Câmara de Vereadores. Com a não aprovação, dois professores foram deslocados para atender a educação básica e um novo projeto, desta vez para contratação de profissionais do Maternal, foi enviado à Câmara. Porém a proposta novamente foi rejeitada.

O vereador Onecimo Pauleti (PMDB), vice-presidente da Câmara, confessa que o clima está tenso. Porém, afirma que os parlamentares não podem aprovar um projeto para o prefeito passar por cima da legislação. “A licença-prêmio ocorre a pedido do funcionário, a lei é bem clara. Os professores não pediram e o prefeito fez por decreto. Ele cria os problemas e joga em cima da Câmara. Insiste em dizer que tem que dar esta licença-prêmio. Está tentando jogar a população, os pais, contra a Câmara. Temos argumentos de sobra para mostrar”, argumenta. Outro ponto levantado é que existe um concurso em vigência para a contratação de professores, porém o prefeito há anos opta por contratações temporárias.

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