Pouco antes de participar de cerimônia simbólica de entrega de cartão reforma no Planalto, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, teve uma conversa com o presidente Michel Temer e pediu a exoneração do cargo. Na carta entregue ao presidente, Araújo diz “não há mais apoio” para que ele siga no comando da Pasta e fala indiretamente da crise vivida no PSDB. “Agradeço a confiança do meu partido, no qual exerci toda a minha vida pública, e já não há mais nele apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa”, afirma.

Araújo diz que, em maio do ano passado, aceitou o convite “para ajudar o País no processo de transição que permitisse, nas palavras do ex-presidente Fernando Henrique, ‘repor em marcha o governo federal’ e preparar o País para o seu próximo líder a ser eleito daqui a alguns meses”.

O agora ex-ministro afirmou que há ainda muito o que se fazer. “O País responde rapidamente ao comando da boa gestão, testemunhei isso. É hora das prioridades serem mais da sociedade e menos das corporações. É fundamental coragem de todos para os enfrentamentos que protejam as necessidades dos que não conseguem faltar ao trabalho para vir a Brasília clamar por melhores serviços públicos”, salienta.