Estradas mal conservadas, falta de segurança, dias longe da família. Nem mesmo essa pequena lista com algumas das principais dificuldades que envolvem a profissão, faz com que dois motoristas de Bento Gonçalves desistam da ocupação. Neste sábado, 25 de julho, dia de São Cristóvão, protetor do motorista, as dificuldades dão lugar à oração e à fé.

Nadir Balbinot, de 52 anos, é motorista com mais de 30 anos de profissão no caminhão. Natural de Erechim, norte do Rio Grande do Sul, mora há 16 anos em Bento Gonçalves e é casado com Cleonir Rocha Oliveira, com quem tem dois filhos e um enteado. As marcas da rotina perigosa das estradas estão no corpo do profissional. O braço esquerdo, por exemplo, revela as cicatrizes de um acidente sofrido há 23 anos. “Essa foi uma das piores fases da minha vida. Fiquei mais de um ano encostado e aproximadamente seis meses com o braço infeccionado”, lembra.

Além do risco de acidentes, o medo de assaltos também prevalece. Balbinot lembra que em 2010 passou por essa experiência. “Passei apuros quando roubaram meu caminhão no dia 27 de outubro de 2010. Estava indo de São Paulo a Sorocaba quando me assaltaram e levaram o cavalinho. Amarraram-me no mato e fiquei a madrugada lá. No início da manhã consegui contato com a transportadora e um colega de trabalho veio me buscar”, relata.

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