Uma comitiva de Bento Gonçalves esteve em Porto Alegre na manhã desta quarta-feira, 28 de janeiro, para uma reunião na Secretaria Estadual de Saúde (SES), na ocasião representadas pelo diretor do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial (DAHA) Alexandre Britto e pelo diretor parlamentar Rogério Nardelli. O objetivo foi apresentar à pasta estadual algumas das demandas do município no setor de saúde pública.

Foram cinco os principais pleitos: aumento da verba destinada a oncologia; conquista de verba para ampliação dos leitos de UTI para a habilitação de cardiologia do Hospital Tachini; avaliação da Consulta Popular de 2014, que reivindica a construção de um hospital público regional na cidade; possibilidade de realização de cirurgias neurológicas pelo centro oncológico do Hospital Tacchini; e a redistribuição da demanda por radioterapia entre os municípios de Bento e Caxias, visto que hoje, em Bento, a capacidade operacional do aparelho está ociosa.

Britto afirmou que dará atenção a todas as demandas. “Não vamos prometer dinheiro de imediato porque a situação do caixa estadual não permite. Passado esse momento de transição e de tomada de decisões mais urgentes. Mas o pleito de vocês é sério, correto, bem consistente. Certamente iremos atendê-los”, afirmou.

Para o prefeito em exercício, Mario Gabardo, apesar do pouco tempo de governo da atual gestão estadual, este encontro foi muito importante. “Temos grandes projetos, de grande relevância não só para a comunidade bento-gonçalvense, mas também para os municípios da região. É bom que eles estejam a par dessas demandas para planejarem futuros investimentos”, acredita.

O secretário municipal da Saúde, Roberto Miele acrescenta que o encontro foi válido porque mostrou a relevância das solicitações. “Pudemos explicar detalhadamente sobre cada uma delas, mostrando nosso interesse em melhorar a saúde pública da cidade. Muitas vezes, uma simples conversa resolve questões há muito tempo pendentes.” Estiveram presentes ainda o assessor de gabinete da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Jaime Galvagni, o coordenador médico da SMS Marco Antônio Ebert, o vereador Moisés Scussel Neto e Anderson Bettanin, assessor parlamentar do Gabinete do Deputado Estadual Alexandre Postal.

Pleitos Aumento da verba destinada a oncologia: a verba que o hospital Tachini recebe do governo federal para atendimentos gratuitos no setor não é suficiente para suprir a demanda. Evitando o rompimento dos atendimentos, o município cobre essa despesa – em torno de R$ 150 mil por mês. Os atendimentos não são apenas para a população de Bento Gonçalves, mas também de outros 21 municípios da região.

Construção de espaço para tratamento pré e pós-cirúrgico no setor de cardiologia: o município apresentou proposta para construção de dez leitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital Tachini, destinadas ao tratamento pré e pós-cirúrgico do setor de Cardiologia. O valor estimado pela SMS é de R$ 2 milhões. Esta é uma necessidade de Bento Gonçalves e região, que atualmente precisa se deslocar para outras regiões do Estado para realizar o procedimento.

Construção de hospital público regional em Bento Gonçalves: a proposta tem como base a consulta popular de 2014 que colocou a construção deste como meta estratégica no orçamento estadual.

Realização de cirurgias neurológicas pelo centro oncológico: há pacientes oncológicos com necessidade de cirurgia neurológica que não podem realizar o procedimento porque o hospital Tachini não tem permissão do Estado para isso. Britto afirmou que esta demanda terá avaliação imediata.

Distribuição da demanda por radioterapia entre os municípios de Bento e Caxias: o município de Bento Gonçalves adquiriu, através da consulta popular, um aparelho de radioterapia, instalado no hospital Tachini. Na época, pacientes dos 49 município da região de Bento Gonçalves e Caxias do Sul utilizavam do sistema, suprindo a capacidade operacional. No entanto, “com a aquisição do aparelho por Caxias do Sul e a migração dos usuários dos 27 municípios para lá, a demanda em Bento está aquém da viável para o Tacchini”, explica o secretário Miele.