Se não bastasse a denúncia de que a balsa que fará o transporte de veículos e cargas pelo Rio Taquari entre os municípios de São Valentim do Sul e Santa Tereza, impedindo que o equipamento seguisse viagem fluvial, agora, outro fator, dessa vez, da natureza, complica a situação, mais uma vez. O baixo nível das águas do Rio Taquari inviabiliza a locomoção da estrutura, que segue parada no município de Colinas.

De acordo com a direção da empresa vencedora do processo licitatório, a Lacel Construção e Apoio Naval, de São Jerônimo, o baixo nível do rio acaba prejudicando a viagem, que iniciou ainda na semana passada. A expectativa é de que o aumento do volume de água, ocasionado pelas últimas chuvas, ajude a balsa a seguir viagem pelo leito do rio.

Prevista para iniciar seus trabalhos no dia 20 de janeiro, a previsão foi novamente adiada. Agora, a Lacel espera chegar na próxima semana para atracar a balsa na localidade de Santa Bárbara. Depois, ainda serão necessários cerca de três dias para finalizar os trabalhos estruturais que irão possibilitar o funcionamento da estrutura. O transporte é a alternativa considerada paliativa pelas autoridades locais que aguardam também um posicionamento para a construção da nova ponte, já que a antiga foi arrastada pelas águas em setembro do ano passado.

Questionado pela reportagem do Semanário, o secretaria estadual de Transportes e Logística, Juvir Costella, garantiu que o serviço começa até o final do mês. Em caso de atraso, ou seja, do início das operações começar fora do prazo contratual, segundo Costella, a empresa contratada será multada.

O trecho é responsável pelo escoamento de 80% da produção de uva nos períodos de safra. Diariamente, cerca de 2,5 mil veículos passavam pela estrutura.

A balsa, que terá um custo de instalação de R$ 622,5 mil pagos pelo Governo do Estado, também irá cobrar pelo translado de um lado para outro. Para carros de passeio, o valor será de R$ 9,63. Porém, até bicicletas não ficarão de fora, sendo obrigadas a pagarem R$ 1,93 pela travessia. O valor mais alto é para veículos ultrapesados, que terão de desembolsar quase R$ 61.

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