Em um jogo repleto de polêmicas, com quatro pênaltis, 12 cartões (um deles vermelho) e três intervenções do VAR, o Inter foi superado pelo Coritiba, neste domingo, 29 de outubro, pela 30ª rodada do Brasileirão. Alan Patrick, Bruno Henrique e Enner Valencia marcaram os gols do Clube do Povo na derrota de 4 a 3 para os paranaenses.
Os primeiros movimentos anunciaram um jogo de ataque contra defesa no Beira-Rio, mas o roteiro foi completamente revolucionado aos oito minutos, quando Vitão, após a primeira participação do VAR, acabou expulso por falta em Garcez. Embalado pela superioridade numérica, o Coritiba criou três chances nos minutos seguintes
Inicialmente, Coudet apostou em manter os outros 10 nomes que haviam começado a partida, recuando Johnny para a dupla de zaga. Ofensivo, o Inter teve boa chance com Valencia, que recebeu cruzamento de Alan Patrick e cabeceou com perigo, mas para fora. Na réplica, Garcez aproveitou lance confuso na área colorada e colocou os visitantes em vantagem no placar. Chacho, então, substituiu Carlos de Pena por Igor Gomes.
Cada oportunidade de incomodar a zaga paranaense era aproveitada ao máximo pelo ataque colorado. Primeiro, em lance de bola parada, Alan Patrick contou com desvio na barreira visitante para assustar Gabriel. O arqueiro fez boa defesa. Já aos 39, Mauricio foi derrubado dentro da área por Bruno Gomes, que acertou o meio-campista do Inter tanto por baixo quanto no alto. Inquestionável, o pênalti foi convertido por Alanpa.
O empate alimentava as esperanças pela virada, mas foi logo sucedido por um balde de água fria. Matheus Bianqui, que minutos antes cometera uma falta em Charles Aránguiz, cabeceou no contrapé de Rochet e recolocou o Coritiba em vantagem. Dois minutos mais tarde, aos 48, Johnny também usou da bola aérea, mas acertou o travessão alviverde. A sorte não queria sorrir para o Inter.
A blitz colorada foi interrompida por outra confusão da arbitragem. No campo, o auxiliar número dois, Leonardo Henrique Pereira, levantou a bandeira por impedimento do ataque do Coritiba. Ato contínuo, Dalbert derrubou o atleta adversário dentro da área. Apesar dos gestos desconexos de seus colegas em campo, o VAR sugeriu a revisão do lance, o que resultou em penalidade para os visitantes. Na cobrança, Robson marcou o terceiro gol paranaense.
Uma vez mais, coube ao Inter se remobilizar. Para isso, Coudet colocou Bruno Henrique, Pedro Henrique e João Dalla Corte nas vagas de Aránguiz, Mauricio e Dalbert. Pouco depois, Bruno tentou ser garçom e cruzou, da intermediária, na medida para Valencia. Gabriel cresceu e espalmou o cabeceio do equatoriano. A chegada do Clube do Povo foi sucedida por dois cartões amarelos, evidenciando a crescente tensão no Beira-Rio.
Bruno Henrique teve outra participação importante aos 37. Desta vez, como artilheiro. Da entrada da área, o meio-campista chutou forte, com curva, e venceu Gabriel. Golaço – também acompanhado de nova frustração para time e torcida. No minuto 43, Bruno Gomes foi derrubado e o árbitro indicou pênalti. De novo, Robson marcou.
As demoradas visitas do árbitro ao VAR renderam 12 minutos de acréscimos. Dentro do tempo adicional, Andre Luiz Policarpo voltou a consultar o monitor. Diante da tela, percebeu que Nico Hernández sofrera um soco de Reynaldo, e apitou o quarto pênalti da noite. Batedor da vez, Valencia até parou em Gabriel, mas aproveitou o rebote para marcar o último gol do embate.
Foto: Ricardo Duarte