A vacina contra meningite, que faz parte do calendário de vacinação, está em falta nos postos de saúde de diversos estados. Bento Gonçalves não é exceção. O município está em falta do remédio desde julho e não há previsão para novas chegadas, isto porque a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul só recebeu vacinas para imunizar uma em cada três crianças que vão aos postos. O Ministério da Saúde admite que o desabastecimento da meningocócica C atinge todo o país.

Em São Paulo, a capital recebeu 16% das doses solicitadas para o mês e pode faltar vacina. No Ceará, a entrega é menor que a meta de vacinação pelo menos desde maio. Pernambuco recebeu 36% da meta mensal. Minas Gerais e Paraná receberam menos, mas estão conseguindo trabalhar com o estoque reduzido.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que o problema acontece porque a empresa que produz as vacinas, a Fundação Ezequiel Dias, tem atrasado as entregas. A previsão é que a situação seja normalizada em breve.

O laboratório diz que o suprimento da vacina meningocócica C não atingiu os quantitativos programados para os três últimos meses devido a problemas atípicos na cadeia produtiva e logística, sem explicar os detalhes. E afirma que a situação está sendo regularizada.

O médico infectologista da PUC/RS, Fabiano Ramos, orienta os pais a tomarem cuidados com os filhos que ainda não receberam a vacina: “Especialmente no inverno; obviamente é uma doença que se dissemina mais. Exatamente porque é transmitida por secreções respiratórias. Então dividir brinquedos, aquela coisa de colocar o brinquedo na boca de um e depois na de outro, é uma forma de transmissão”.