A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia a possibilidade de comercialização de autotestes para dengue. A expectativa é que os testes para o diagnóstico da doença possam ser encontrados em redes de farmácias, como ocorre atualmente com os testes para a Covid-19. O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, afirmou em entrevista ao programa A Voz do Brasil, de segunda-feira, 11, que as tratativas com o Ministério da Saúde estão em andamento.  

De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento, o Brasil registra mais de 1,5 milhão de casos prováveis e 391 mortes pela doença. Com foco no combate à dengue, a Anvisa anunciou, na última semana, que os pedidos de registro dos testes utilizados em laboratórios e farmácias para identificar a doença serão prioridade. “Esses entendimentos já começaram. A dengue é uma doença de notificação compulsória, então é necessário que haja uma política pública, gerada pelo Ministério da Saúde nesse sentido. Mesmo no caso do [autoteste] que o próprio cidadão poderá realizar, é importante que os sistemas de monitoramento sejam notificados para que se possa computar todos esses dados de todo o Brasil”, destaca.

A medida vale para as solicitações em andamento e as que forem protocoladas nos próximos 60 dias. O objetivo é ampliar o fornecimento de meios para o diagnóstico precoce da doença, permitindo uma resposta mais rápida no controle da epidemia. 

Durante a entrevista, o diretor-presidente da Anvisa destacou, ainda, a importância da prevenção. “O repelente é uma estratégia muito importante. Nós temos mais de 600 registros de repelentes no Brasil e nada nos leva a crer neste momento que possa haver algum tipo de desabastecimento”, afirma.

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