O Serviço de Proteção do Consumidor (Procon) de Bento Gonçalves encerrou o ano passado com um número expressivo de atendimentos: ao todo foram mais de 10 mil. A coordenadora do órgão, Karen Izidro Battaglia, atribuí a grande procura pelo serviço principalmente ao novo endereço do departamento, que desde novembro de 2018 está mais centralizado, tornando mais fácil o acesso de quem precisa.

De acordo com Karen, o Procon prestava no máximo 40 atendimentos diários quando ainda estava localizado no antigo endereço. Agora, situado ao lado da prefeitura, o órgão já chegou a atender 82 pessoas em um único dia. “Estamos na vitrine, então o consumidor passa por aqui toda hora e entra. A demanda cresceu muito. Foi um ano bem produtivo”, admite.

Principais reclamações

Dos atendimentos realizados, mais de 2,5 mil foram para atender reclamações. Quem lidera o ranking da lista é a área de Serviços Essenciais que engloba telefonia, água e luz, representando 44,05% das queixas registradas.

Em relação a telefonia, que está em primeiro lugar na insatisfação dos clientes, Karen aponta que entre os principais problemas está a não prestação de serviços ou o não cumprimento do que foi contratado. “Para ficar com o cliente, muitas vezes a empresa oferece serviços que acaba não cumprindo, ou faz cobranças indevidas. Também tem situações em que colocam algo que não foi contratado, tipo um seguro”, exemplifica.

Em seguida, vem a área dos Assuntos Financeiros (25,17%); Produtos, que envolvem eletrodomésticos em geral (20,79%); Serviços Privados, como seguradoras, televisão por assinatura, cursos, agencia de viagens e oficinas mecânicas (7,96%); Alimentos (1,15%); Saúde (0,76%) e por último, habitação (0,12%).

Embora o número de atendimentos seja alto, Karen acrescenta que a maior procura por parte dos consumidores é para sanar dúvidas e que a relação entre comércio local e Procon é boa. “Não vou dizer que a gente nunca multou, mas normalmente com uma advertência eles não continuam infringindo as normas”, afirma.

Orientação

De acordo com Karen, o consumidor que estiver passando por algum problema deve primeiramente tentar contato direto com a loja, distribuidora ou prestadora de serviço. Caso não consiga uma solução, deve-se dirigir ao departamento. “O cliente vai dizer que fez contato e não resolveu, mas é a partir dessa negativa que nós como Procon vamos poder dizer que a pessoa já tentou resolver de forma pacifica e não adiantou, ou seja, essa negativa faz com que o meu atendimento seja melhor”, destaca.

Karen enfatiza a importância de o cliente anotar números de protocolo, guardar nota fiscal e, ao dirigir-se ao Procon, levar cópia dos documentos pessoais.

A coordenadora também orienta que os consumidores leiam com atenção qualquer documento que precise de assinatura e que não assinem documentos em branco, assim como não é recomendado pagar boletos sem a devida identificação.