• De farmacêuticos que comercializem, não o elixir da felicidade, mas apenas vidrinhos com sementes coloridas de bondade, educação, paciência, serenidade e amor para serem plantadas e cultivadas com carinho e dedicação.

• De dentistas que restaurem sorrisos carcomidos pelo mau humor e pelo desânimo.

• De pintores que avivem as cores do dia e aliviem as dores da alma com a sua arte.

• De amigos que não suportem ficar sozinhos com a alegria e precisem desesperadamente reparti-la com alguém triste e carente.

• De peregrinos que nos mostrem que as estradas são construídas para andarmos em segurança e os caminhos estão aí para serem descobertos.

• De sábios que ensinem que a saudade é a presença da ausência e o que o tempo da ansiedade não é o mesmo que o do relógio e que todos os caminhos findam no silêncio.

• De cardiologistas que cuidem de corações feridos pelo desamor e que tratem de corações tão áridos que ali nada mais vive a não ser, escorpiões e outros animais peçonhentos.

• De marceneiros que consertem pernas cansadas e gastas na correria louca da vida.

• De balconistas que vendam amor para gastar na rua; amor paa distribuir às pessoas mais queridas e amor para consumo próprio.

• De professores que ensinem a vencer na vida sem precisar passar por cima do outro ou empurar o outro para tomar o seu lugar. Ensinem os alunos, sobretudo, a serem ávidos por aprender e que se orgulhem de absorver o novo.

• De escultores de ideias em relevo total que ampliem horizontes, transmitam confiança e inspirem otimismo para encorajar a realização de mudanças urgentes e necessárias.

• De motoristas que dirijam, não como pitbulls enfurecidos que atacam e mordem os carros a sua frente, mas que se deixem guiar pela paciência e pela prudência.

• De oftalmologistas que ajudem as pessoas a enxergarem a beleza das pequenas coisas.

• De voluntários que sirvam ao próximo sem segundas intenções, sem tirar vantagens das situações e que lutem pelas causas justas que beneficiam sempre o coletivo.

• De matemáticos que ensinem que raiva guardada aumenta, dor dividida diminui e felicidade compartilhada multiplica por mil.

• De engenheiros com coragem de construir soluções para todos sem medo de errar.

• De revisores dos princípios morais de respeito à vida, como a ética, a responsabilidade, a justiça e a solidariedade, imprescindíveis para que possamos guiar nossa compreensão do mundo e de nós mesmos e servem de parâmetros das nossas escolhas e ações.

• De mais gênios como Einsten que digam que tudo é relativo: um minuto é mais ou menos longo, dependendo de que lado da porta do banheiro você está.

• De malabaristas que façam malabares com cinco bolas: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito. O trabalho é uma bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima. As quatro outras bolas são de vidro. Se caírem no chão quebrarão e ficarão permanentemente danificadas.

• De humoristas para fazer ver que não vale a pena levar a vida tão a sério porque no fim das contas ninguém consegue sair vivo dela.

• De pessoas comuns que sejam altas – da altura de sua dignidade, que sejam bonitas – da beleza de seus caráter e que sejam ambiciosas – da medida exata de seus sonhos.

• De escritores que produzam textos que ajudem os leitores a caminharem na luz.