Um pequeno esforço como tossir ou espirrar faz com que escape xixi sem querer? Você sente uma vontade súbita de fazer xixi, muitas vezes com dores na bexiga e, antes mesmo de chegar ao banheiro já começa a perder urina? À noite você tem que levantar várias vezes para ir ao banheiro? Após urinar tem a sensação de que não esvaziou completamente a bexiga? Se sua resposta for sim para uma destas perguntas, saiba que estes sintomas são característicos de disfunções do trato urinário, o que causam, muitas vezes, a incontinência urinária.
Segundo a Sociedade Internacional de Continência (ICS), Incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina (perda de xixi), e atinge 10 milhões de brasileiros de todas as idades, em maior frequência a população idosa, causando um impacto muito grande na qualidade de vida além de problemas de higiene, acarreta em situações de constrangimento, isolamento social e pode levar a depressão. A incontinência urinária não faz parte do envelhecimento humano, embora muitas pessoas acreditem nesta ideia, perder xixi não é normal e tem tratamento.
São inúmeras as causas que podem provocar o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, que sustentam os órgãos dentro do nosso corpo, comum em mulheres que tiveram vários partos, prolapsos genitais (queda da bexiga ou útero), homens com alteração na próstata, doenças neurológicas como Parkinson, AVC, Esclerose Múltipla, diabetes Melittus, bexiga hiperativa, ou após procedimentos cirúrgicos como histerectomia (retirada do útero) ou prostatectomia (câncer de próstata).
É importante que seja realizado tratamento com um Fisioterapeuta especializado em Fisioterapia Pélvica, que avaliará detalhadamente através de suas queixas e sintomas, exames e testes específicos, definirá o tipo de incontinência urinária (esforço, urgência, mista, transbordamento) e tratará cada caso de maneira individual.
A Fisioterapia Pélvica tem como objetivo reeducar a bexiga, fortalecer e conscientizar a musculatura do assoalho pélvico, oferecendo recursos de primeira linha como o biofeedback com eletromiografia, eletroestimulação, cinesioterapia com exercícios específicos, gameterapia (uso do videogame), terapia comportamental, obtendo resultados satisfatórios e auxiliando na melhora da qualidade de vida e autoestima do paciente.