Dados referentes ao ano de 2021 mostram que doenças respiratórias, como a covid-19, e parasitárias foram responsáveis pela morte de 26,4% das mortes no Estado
Um estudo realizado pelo Departamento de Economia e Estatística da Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), indica que em 2021 houve redução na expectativa de vida no Rio Grande do Sul. Os dados mostram que a queda chega a 1,07 anos, em comparação ao mesmo levantamento realizado em 2020, ou seja, a expectativa de vida ao nascer chega a 76,38 anos.
Conforme as informações do estudo Indicadores de mortalidade para o RS e seus Conselhos Regionais de Desenvolvimento – 2021, a queda é decorrente da pandemia de covid-19, iniciada em 2020 e seguida nos dois anos seguintes. O impacto direto da covid-19 pode ser visto nas causas de morte entre moradores do Rio Grande do Sul. Dos 117.722, 26,4% foram ocasionados por doenças infecciosas e parasitárias, categoria da covid-19. Em 2020, elas foram a terceira principal causa de mortes no Estado e, em 2019, ocupavam o nono lugar.
Em uma projeção realizada no estudo, caso as mortes por doenças infeccionas e parasitárias fossem excluídas do cálculo, a expectativa de vida ao nascer no Estado seria de 78,33 anos, 1,95 anos mais do que o número final. O material elaborado pelo DEE/SPGG aponta ainda para a manutenção da diferença de sete anos na expectativa de vida ao nascer entre homens e mulheres no Rio Grande do Sul. Para as mulheres, a estimativa chegou a 79,88 anos em 2021, enquanto para os homens foi de 72,86 anos.
Seguindo as doenças infecciosas e parasitárias, as doenças do aparelho circulatório ocuparam a segunda colocação entre as causas de mortes no Estado em 2021, com 19,8% do total, seguidas das neoplasias (câncer), com 16,9%, das doenças do aparelho respiratório (7,1%) e de causas externas (6,5%). Entre a população de um a 34 anos de idade, as causas externas, como homicídios, acidentes de transporte, suicídio e quedas, ocupam a primeira posição como principais causas de morte. A partir dos 35 até 79 anos, as doenças infecciosas e parasitárias tornam-se as líderes.
Resultados por regiões
A expectativa de vida média ao nascer entre as 28 regiões dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Coredes) também está contemplada no estudo do DEE/SPGG. A diferença entre a maior e a menor estimativa de expectativa de vida ao nascer nos Coredes é de 5,01 anos.
Os dados indicam que em 2021 uma pessoa da região do Corede Norte, que engloba a região de Erechim, tinha expectativa de viver 79,66 anos, a mais alta do Estado. Na sequência vinha o Corede Nordeste, que engloba municípios como Lagoa Vermelha e Machadinho, com 79,34 anos, e Vale do Jaguari, que inclui Santiago e Cacequi, com 79,11 anos. Os Coredes das regiões da Campanha (74,65 anos), Vale do Rio dos Sinos (74,66) e Fronteira Oeste (74,69) registraram os menores números.