*Por Hilton Mancio

Antes de iniciar a leitura desta coluna, pare por um instante e responda: o que você mais valoriza na sua vida? Provavelmente, se fizermos essa mesma pergunta para 10 pessoas, teremos 10 respostas diferentes. Mas existirá também algo em comum entre todas elas. Para desfrutar daquilo que mais valorizamos, a qualidade de vida é essencial.

É claro que a saúde apresenta fatores que fogem do nosso controle, mas muito do que rege nossa qualidade de vida depende exclusivamente de nós. E mais do que isso: é possível investir em uma velhice mais saudável a partir de hábitos simples de serem adotados no dia a dia.

Trocar o elevador pela escada ao chegar em seu prédio fará uma diferença inacreditável na sua saúde se você conseguir transformar essa ação em um hábito. É tão simples que às vezes parece fácil demais. Mas pense quantos degraus você vai acumular em 1 mês de exercícios. Agora multiplique isso por 12 e você terá o resultado de um ano inteiro. E o que te impede de manter esse e outros hábitos simples para o resto da vida?

Ao entendermos com clareza essa relação, fica fácil notar que o segredo de uma vida saudável não está na quantidade, está na consistência. É inegável que os benefícios desses bons hábitos são cumulativos, mas é importante deixar claro: sempre há algo simples a ser feito hoje que trará benefícios no futuro.
Em agosto deste ano, a Netflix lançou uma minissérie documental que ilustra com perfeição o que está descrito até aqui. “Como Viver até os 100: Os Segredos das Zonas Azuis” mergulha na rotina das 5 comunidades mais longevas do mundo. Se além da adoção de hábitos saudáveis, você aceitar mais uma sugestão, assista a série. E se você pensar que os exemplos apresentados são muito distantes, eu lhe apresento o departamento de voluntariado do Tacchini.

Um grupo de 36 senhoras que doam roupas, enxovais, fraldas, doces ou brinquedos às famílias internadas no hospital pelo SUS. Mas mais do que isso, elas compartilham seu tempo, seu sorriso, sua disposição, seu carinho e seu amor para fazer o outro mais feliz. Elas fizeram desse trabalho, seu propósito. E nada mais eficaz para a saúde, do que a vontade de viver.

* Hilton é coordenador do CT Saúde