Estamos diante da casa mais vigiada do Brasil. Uma freada, e todos os olhares convergem para o último personagem a compor o elenco do Big Brother do século, que promete mexer com as estruturas…
– Caramba, pessoal! Eu já disse outras vezes: NÃO ME DEIXEM SÓ! – exclama irritado o ex-presidente e senador saindo da sua Lamborghini.
A presidenta afastada não se contém:
– É golpe, companheiro!
De olho baixo na máquina, Nestor Serveró observa:
– Seu carro está um brinco! Você deve ter aguado numa lava a…
Enfurecido, Collor não deixa o ex-diretor da Petrobrás terminar a frase.
– Só a seco, meu amigo! Lavagem, só a seco!
– Hummm… – resmunga Eduardo Cunha num muxoxo.
– Manifestou-se o traste… – sussurra José Wylys, dando uma cusparada na piscina.
– Repete se você é homem? – desafia Eduardo fechando os punhos.
– Querido, eu só disse que você tem participação nos “trust” – tergiversa o bom moço.
Para acabar com o mal-estar, Fernando Henrique Cardoso pergunta à Dilma qual a sua meta no programa. A que ela responde:
– Não gosto de lobos disfarçados de tucanos, mas já que teremos de conviver, reafirmo que vou deixar a meta aberta e, quando a gente atingir a meta, vamos dobrar a meta… né, Lula?!
– Só sei que nada sei – filosofa o ex-presidente, com um olhar de paisagem.
FHC resolve então despejar sua intelectualidade. Afinal, não pode ser passado para trás por um Sócrates de araque:
– O nível de maturidade deste grupo, especialmente numa posição nada periférica como a nossa, dar-se-á pela capacidade de apropriar-se de…
– “Capacidade de apropriar-se…”, hahaha! – explodem todos na gargalhada.
– Por falar nisso, meu caro Doutor, como foi a privatização da Vale do Rio Doce? – ironiza Maria do Rosário.
– Foi um rio que passou na minha vida… – cantarola o sociólogo.
Bolsonaro, que estava mais tranquilo que água de poço, fica todo ouriçado. Aquela dona tira o deputado do sério. O cara teria saltado sobre ela, se não fosse pelo grande Bial, cuja voz invade o ambiente da forma mais lírica possível.
– Boa noite, meus heróis! Poesia não dá camisa. Mas quando o poeta tem uma musa, não precisa de blusa, vive de brisa.
Maria se arvora. A amiga Dilma que a perdoe, mas aquela declaração tem a ver com seus belos olhos azuis.
Bial continua enigmático:
– Temos entre nós um grande ator que já teve seis indicações…
Aécio sorri sério… sorri sem sorrir… enfim, fecha a cara num sorriso.
Depois, dirigindo-se a Sarney, Bial comenta:
– De poeta para poeta, meu caro José Ribamar, nós somos visionários, não é verdade? O senhor, por exemplo, com seus “Marimbondos de Fogo” (livro de poemas) previu, nos anos setenta, todas essas ferroadas…
– Nem me fale, Bial! Daqui a pouco vão querer que eu devolva até meu Maranhão… (continua na próxima semana).