Construção já está 4,1 milhões mais cara do que o estimado inicialmente. Empresa contratada em licitação prometeu entregar o túnel pronto até 21 de dezembro

As obras de construção do túnel de acesso norte, que liga os bairros São João e São Roque, continuam. A data de finalização da construção, entretanto, está se aproximando, apesar de não haver sinais de que a obra vai ser concluída em breve. O período estimado e confirmado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ipurb) de Bento Gonçalves é até 21 de dezembro.

Segundo a diretora do órgão municipal, Melissa Bertoletti, não há nova data de entrega do túnel, que tem como objetivo facilitar o fluxo do trânsito local. “Ainda não temos nenhum protocolo, justificativa, por parte da empresa, solicitando aditamento de prazo. Nas próximas medições de obra saberemos o prazo necessário para encerramento”, explica.

Registro do andamento da obra em 7 de dezembro de 2021

De acordo com ela, o adiamento da finalização da construção, que começou em agosto de 2020 e deveria acabar em abril deste ano é justificado. “O atraso se deve a escassez de mão de obra e pela falta de matéria prima no mercado, o que acontece em todo o país na área da construção civil”, menciona.

Inicialmente, o valor licitado era R$ 9.594.925,27. Segundo o Ipurb, o valor atual permeia o acréscimo dos aditivos, R$ 661.617,80 e R$ 1.512.796,20 – o segundo realizado em 18 de novembro; de reequilíbrios econômico-financeiros, R$ 1.324.304,64; e de reajustes com base na variação do INCC/FGV, de R$ 606.824,61. Ao todo, a soma dos valores divulgados é de R$ 13.700.398,52, R$ 4.105.473,25 a mais do que o previsto.

A respeito da possibilidade de novos acréscimos, Melissa afirma que em toda obra de grande porte é passível aditivo, nas condições contratuais. “Estamos falando da construção de um túnel, a maior obra dos últimos 50 anos da cidade”, diz.

Diferença entre aditivo, reequilíbrio econômico-financeiro e ajuste pelo INCC/FGV, segundo Melissa Bertoletti

  • Aditivo são os complementos feitos nos contratos para cobrir gastos que não estavam previstos no orçamento.
  • Reequilíbrio varia conforme o insumo aumenta no mercado, tabela SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil).
  • Reajuste é realizado após um ano de obra.

Fotos: Suellen Krieger