Dirigentes de entidades que congregam empreendedores da iniciativa privada aplaudem a decisão do governador gaúcho, Eduardo Leite, que reconsiderou acerca de sua determinação para que parte da Serra Gaúcha, inclusive Bento Gonçalves, fosse incluída na área da bandeira vermelha, aquela com restrições mais severas para evitar o contágio do coronavírus.
Mas é um aplauso comedido porque sabem, estas lideranças, que a avaliação do governo sobre o comportamento dos gaúchos e as ações públicas é semanal, e que um deslize pode fazer com que o município volte a ser considerado de bandeira vermelha.
Daí, não mais por apenas uma semana, mas por duas. Com todo comércio fechado, serviços com portas trancadas, indústrias com produção limitada, e centenas – ou milhares – de trabalhadores em casa, grande parte na iminência de perder seus empregos.
Por isso que todos apelam às pessoas, de um modo geral, para que sigam as orientações das autoridades responsáveis pelas ações de contenção à Covid-19.
As recomendações são básicas, conhecidas de todos.
Na medida do possível, que as pessoas se mantenham em isolamento, não fiquem em áreas sujeitas às aglomerações, usem máscaras de proteção, higienizem as mãos com álcool em gel e procurem os serviços essenciais apenas quando for necessário.
O importante é que cada um faça a sua parte para que a totalidade da população não seja penalizada com uma nova medida governamental, ainda mais restritiva em relação às atividades econômicas.
Isso não seria apenas ruim, mas péssimo para a coletividade porque teria um impacto muito forte na economia. A situação que os empresários estão enfrentando, em quase sua totalidade, é bastante complicada. E se forem impedidos de continuar trabalhando, gerando capital para pagar seus custos fixos, salários, fazendo girar a roda da economia, perdem os que precisam do emprego, os empreendedores, o poder público que deixa de arrecadar e, portanto, não terá meios para manter serviços à população nas mais diversas áreas, especialmente em setores de importância como a saúde, segurança, educação…
É fundamental que todos colaborem. É para evitar a bandeira vermelha.