O Sindilojas de Bento Gonçalves, filiado à FECOMÉRCIO, promoveu, conjuntamente, uma importante reunião na semana passada. A convite do Sindilojas, o representante da Comissão de Combate à Informalidade da FECOMÉRCIO esteve na sua sede proferindo uma palestra informal cujo assunto abordando foi a pirataria, o comércio ilegal de produtos sem procedência. Estavam presentes o Presidente do Sindilojas, Daniel Amadio; o secretário executivo, Valério Pompermayer; o Prefeito Guilherme Pasin; o representante da Câmara de Vereadores, Gilmar Pessutto; representante da Brigada Militar, Tenente Clóvis Lavarda, secretários municipais, empresários associados ao Sindilojas, bem como assessores do palestrante. Vários exemplos desse comércio ilegal foram apontados pelos presentes e reforçados pelo presidente da Comissão de Combate à Informalidade, André Roncatto. E o diretor apresentou números inacreditáveis sobre o comércio ilegal no Brasil. Segundo Roncatto, mais de 800 bilhões de reais foram movimentados em 2014, o que equivale a 16% do PIB brasileiro. Afirmou, ainda, que o comércio ilegal alimenta o crime organizado, inclusive o tráfico de armas. Várias ações da fiscalização municipal de Bento Gonçalves, cujos representantes também estavam presentes, além do coordenador da fiscalização de Caxias do Sul. Os relatos dos fiscais deram conta de que são vítimas de muitas ameaças ao executarem seu trabalho, que inclui, principalmente, a apreensão das mercadorias sem procedência. Mas, houve o destaque do importante papel da população que, segundo a manifestação do diretor Roncatto, precisa ver a informalidade, a ilegalidade, o contrabando e o descaminho com outros olhos e entender que “o barato sai muito caro para todos”. Há suspeitas de que existem lojas devidamente legalizadas que adquirem produtos de cargas roubadas para vendê-los mais baratos ao consumidor. Várias sugestões foram apresentadas, todas com o apoio do Sindilojas. O secretário Marcos Fracalossi destacou a necessidade de se fazer um trabalho intenso de educação e conscientização, além de apoiar a fiscalização e as blitz. Já o tenente Lavarda afirmou que a Brigada Militar será sempre parceira em todas as atividades. Novas reuniões abordando o assunto serão agendadas. Mas – e agora é opinião minha -, é absolutamente necessário que essas campanhas de conscientização contra as ilegalidades sejam reforçadas com outra, também intensa, que é o combate à sonegação. A população precisa ter sempre em mente que exigir a nota ou o cupom fiscal é exercer a cidadania, além de ser uma obrigação de cada um. Nesta terça-feira, às 13h50m, o impostômetro dos empresários de São Paulo, registrava 318,6 bilhões de impostas federais, estaduais e municipais arrecadados. Já o sonegômetro dos agentes da Fazenda Federal registrava 76,1 bilhões de impostos que nós, povo, pagamos e foram sonegados, ou seja, não recolhidos aos cofres públicos. Como se vê, a tarefa é árdua, intensa. Mas, unidos, poderemos amenizá-la. Assim como no combate ao Aedes aegypti, o papel de cada um é vital para se chegar a bom termo. Pense nisso e faça a sua parte!