Durante a fase de sono profundo, pode acontecer de algumas pessoas se levantarem dormindo, caminharem e falarem, mas com o estado de consciência, memória e a capacidade de julgamento alterado. São os sonâmbulos. O problema é uma espécie de distúrbio do sonohereditário e comum na infância. “Nas crianças, principalmente, entre os quatro e oito anos, é mais comum. Aproximadamente, 30% das crianças apresentam episódios de sonambulismo durante a infância. Na fase adulta há 4% de prevalência”, afirma o neurologista Paulo Rogério M. de Bittencourt, do Hospital Nossa Senhora das Graças.

Como o sonâmbulo age

Ele diz que os episódios de sonambulismo ocorrem nas primeiras três e quatro horas de sono. “Os movimentos começam aos poucos. Os pacientes movimentam-se na cama, sentam e depois caminham com uma expressão de indiferença total. Mas apesar da face demostrar indiferença, as pessoas estão desorientadas. Alguns falam devagar, mas não respondem a perguntas ou estímulos, e estão de olhos abertos e parecem acordadas”, explica.

Cuidados com o sonâmbulo

Ao perceber que convive com uma pessoa sonâmbula, é importante se preocupar com janelas de andares altos, tapetes e móveis que possam levá-la a quedas.
Durante os episódios, tente levá-la a um local seguro, para evitar acidentes. “O paciente realiza atividades, porém sem objetivo, sem memória e é muito difícil acordá-lo. O acompanhante deve propiciar um ambiente calmo, fresco, escuro, silencioso para que o sono do paciente volte”, explica. Na maioria das vezes, o sonâmbulo não se lembra do que fez durante o sono.

Tratamento para sonambulismo

O neurologista explica que nos últimos anos vem surgindo uma preocupação com episódios de transtornos semelhantes ao sonambulismo, principalmente entre pessoas que utilizam álcool, drogas ou medicamentos e remédios indutores de sono. “Em qualquer destas situações o pacientes com esse distúrbio do sono devem ser acompanhados por um médico de confiança da família. O profissional é essencial tratar o problema e evitar complicações mais graves”.

Fonte: bolsademulher.com