Combater motoristas embriagados e preservar vidas são os principais objetivos da Operação Balada Segura. Em Bento Gonçalves, desde 2014 esse trabalho é realizado pelo Departamento Municipal de Trânsito (DMT), Brigada Militar e Polícia Civil. Ao todo, os órgãos realizam quatro operações por mês.

De acordo com o Coordenador de Políticas Públicas de Trânsito, do Departamento Municipal de Trânsito (DMT), Thiago Fabris, esse ano houve uma pequena redução do número de pessoas alcoolizadas no volante. “Em torno de 10%, mas o objetivo é zerar. Esperamos chegar a dezembro com uma média de 50 abordados em cada operação e nenhuma autuação”, declara.

O Secretário de Segurança, José Paulo Marinho, conta que a grande maioria das pessoas abordadas em blitze da Operação Balada Segura se recusa a fazer o teste do etilômetro, popularmente conhecido como bafômetro. “O número de recusas é alto porque a pessoa sabe que se ela fizer o teste e der acima do limite legal permitido ela vai ser presa, vai ter que pagar fiança, responder junto ao Poder Judiciário no Fórum e poderá sofrer sanções previstas pela Legislação”, afirma Marinho.

Marinho explica que ninguém é obrigado a fazer o teste do etilômetro, contudo, quando ocorre a recusa, a pessoa é autuada. “As penalidades para quem se recusa são as mesmas. É uma infração gravíssima. A autuação é de R$ 2.934,70, a carteira de habilitação é retida por 12 meses, é aberto um processo com prazos para a pessoa se defender. Mas temos observado que dificilmente a situação é revertida”, relata.

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O Brasil adota a política de Tolerância Zero, mas existe uma margem de erro dada à aferição do aparelho, de 0,04 mg/l, ou seja, para não ter penalização, o resultado do bafômetro não pode ultrapassar 0,04 mg/l.

Marinho acredita que a Operação Balada Segura é eficaz e depende mais da conscientização das pessoas do que efetivamente da fiscalização. “Todas as semanas do mês a Balada Segura é realizada em locais diferentes de Bento Gonçalves e ainda assim algumas pessoas insistem em conduzir veículos sob efeito de álcool. Também temos a Operação nas ocorrências de acidente de trânsito com lesão corporal onde nós somos obrigados por lei a aplicar o teste do etilômetro”, comenta.

Para que os números dos próximos meses continuem reduzindo, Fabris acredita que as pessoas devam sair do papel de infratores para se colocar no papel de vítimas. “Quando a pessoa é autuada ela acha um absurdo o valor da multa, ficar um ano sem a carteira de habilitação, mas imagina se uma pessoa alcoolizada acaba atingindo teu veículo e matando alguém da tua família, se ainda assim esse valor vai ser considerado alto”, reflete Fabris.