A intenção é que as cidades criem, antes mesmo da lei ser aprovada, as redes locais de resiliência

O projeto de lei que institui o Rio Grande Resiliente que chega, agora, ao debate público nas cidades do interior do estado, foi apresentado em Bento Gonçalves, na quinta-feira, 24. A proposta que visa criar estratégias para preparar as cidades para enfrentar os desafios do futuro, as transformações e os principais problemas apontados pelas comunidades, além das, crises econômicas e desastres climáticos, foi apresentada e discutida nesta quinta-feira (24), no auditório da Fundação Casa das Artes. O evento contou com a participação de representantes da administração pública municipal, de representes de Defesa Civil, Emater, de entidades da área da construção civil, de associações comunitárias e de pessoas interessadas no tema.

Além de explicar o projeto de sua autoria, protocolado no mês de abril na Assembleia Legislativa, Reinelli deixou claro que o objetivo do encontro é reunir sugestões para aprimorar a proposta. Algumas ideias discutidas nas reuniões em cidades do interior foram incorporadas ao texto, que ainda pode receber emendas.  Um dos principais pontos debatidos, conforme o autor, é com relação às vantagens que serão atribuídas aos municípios que tiverem projetos de resiliência, de forma que possam tirar do papel suas estratégias com mais facilidade.

“O conceito de Resiliência Urbana visa criar estratégias para combater os principais problemas das cidades, como crises econômicas, violência urbana e desastres climáticos, incentivando as comunidades a adotarem posturas preventivas, criando os comitês e as estratégias locais de resiliência que contenham as ações práticas para enfrentar as adversidades e assim tornar os municípios mais fortes e preparados para lidar com situações imprevistas e aquelas que se repetem e parecem não ter solução”, disse Reinelli aos presentes.  Ele deu o exemplo da crise no abastecimento de combustíveis, que atinge o país  por conta da paralisação dos caminhoneiros, para mostrar que sofremos constantes impactos e as consequências das ações humanas, das intempéries e de uma série de acontecimentos que podem ter efeitos para as cidades e a população e precisamos ter planos de ação para mitigar as consequências  e superar com rapidez as dificuldades. “Está mais do que na hora de criarmos a cultura da prevenção”, alerta o parlamentar.

As apresentações do projeto, que já aconteceram em Pelotas, Passo Fundo, Gramado, Três Coroas, além de Bento Gonçalves, seguem sendo realizadas no interior do estado e reunião metropolitana.