Na manhã desta quinta-feira, 10 de março, foi anunciado pela Petrobras que um novo aumento de custos que chegará para os distribuidores de gasolina, gás de cozinha e diesel nesta sexta-feira, 11. Por conta disso, alguns postos de combustível de Bento Gonçalves passaram a elevar os preços ainda durante a tarde, levando os motoristas a buscarem pelo melhor valor nas bombas. Entretanto, ainda não há um anúncio oficial do real valor que será transferido ao consumidor final.

A procura pela gasolina começou ainda no começo da tarde em Bento, quando a notícia do aumento se espalhou e os consumidores começaram a buscar uma economia maior. Às 15h, alguns leitores do Jornal Semanário enviaram fotos e vídeos mostrando o valor pelo litro da gasolina subindo em alguns postos. Em certos lugares, o preço foi de R$ 6,40, em média, para acima de R$ 7,00. Além disso, filas começaram a surgir e muitos condutores tiveram de esperar para encher seus tanques. Em alguns locais a fila chegava a mais de 20 automóveis.

Essa prática, porém, é irreguar, pois o valor que estava sendo cobrado a mais correspondia ao antigo carregamento de combustível que aquele local havia recebido. Somente nesta sexta é que os postos começaram a pagar pela porcentagem que subiu. Por conta disso, o Procon de Bento Gonçalves começou a receber denúncias pela atitude irregular de mercado e passou a encorajar os consumidores e fazerem isso, entrando em contato pelo (54) 3055-8547.

A partir de amanhã, as distribuidoras passarão a pagar R$ 3,86 por litro da gasolina, o que representa um aumento de 18,8% em relação aos R$ 3,25 de agora. Já o diesel terá um reajuste ainda maior, indo de R$ 3,25 para R$ 4,06, um aumento de 24,9%. Por fim, o gás de cozinha, que em média é encontrado a R$ 103 no Brasil, sofrerá uma elevação de 16,1%, fazendo com que o valor por kg chegue a 4,48. As mudanças nos valores chegam após 57 dias de congelamento dos preços de combustíveis e 152 dias do gás de cozinha.

Segundo a Petrobras, em nota oficial, o motivo do aumento está conectado com os conflitos entre Rússia e Ucrânia, que iniciaram ainda no dia 24 de fevereiro. “A redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil”, explica.