Atriz seria homenageada hoje com o troféu Oscarito, a mais tradicional honraria concedida, desde 1990, pelo Festival de Cinema de Gramado nesta terça-feira, 15

A atriz Léa Garcia, de 90 anos, morreu nesta terça-feira, 15, em Gramado, onde seria homenageada hoje com o troféu Oscarito, a mais tradicional honraria concedida, desde 1990, pelo Festival de Cinema da cidade. A morte foi divulgada na conta oficial da atriz no Instagram. Leá sofreu um infarto. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada para atendimento médico, mas acabou não resistindo.

Léa Garcia tem uma história antiga com Gramado, conquistando Kikitos com Filhas do VentoHoje tem Ragu e Acalanto. A artista tinha no currículo mais de 100 produções, incluindo cinema, teatro e televisão.

Ao lado de nomes como Ruth de Souza e Zezé Motta, Léa Garcia foi uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira. 

Com uma célebre trajetória nas artes, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme Orfeu Negro que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França.

No teatro, uma das peças de destaque que fez no início de sua trajetória foi Orfeu da Conceição (1956), de Vinicius de Moraes. 

A estreia em televisão se deu no Grande Teatro da TV Tupi, na década de 1950. Na mesma emissora, participou também do programa Vendem-se Terrenos no Céu, em 1963. O convite para trabalhar na Rede Globo ocorreu em 1970, quando ela integrou o elenco de Assim na Terra como no Céu, de Dias Gomes. O maior sucesso da carreira ocorreu na novela Escrava Isaura (1976), um fenômeno de audiência no Brasil e no exterior.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Léa Garcia / Reprodução