Em pouco tempo dentro do esporte, Giulia já conquistou marcas importantes para o cenário brasileiro

Giulia Perusso Bettim, 14 anos, representa Bento Gonçalves em diversas competições de Pádel em território nacional e internacional. Recentemente, entre os dias 20 e 23 de setembro, ela conquistou o vice campeonato no XIII Mundial de Menores de Pádel 2021, que aconteceu em Torreón, no México.

Para chegar lá, ela e sua dupla, Isadora Siga, venceram as seletivas que aconteceram em Camaquã, em junho, que reuniu duplas do Brasil inteiro. Esse foi o segundo mundial que Giulia participou, em apenas quatro anos no esporte.

O início da história

Antes de se aprofundar no Pádel, Giulia já gostava muito de praticar esportes e estava mais focada na ginástica, em que treinava e participava de competições desde os cinco anos. Apesar do caminho diferente, seu pai, Juliano Muller Bettim, joga Pádel e participava de algumas competições, na qual a filha o acompanhava.

Nas ocasiões eram realizados sorteios de raquetes para o público que ia assistir aos jogos. Por estar assistindo seu pai jogar, Giulia acabava participando dos sorteios, em que ela acabou ganhando, ainda em 2015, sua primeira raquete, sem nem mesmo ter sua dedicação como atleta para o esporte. Parecia um chamado.

Sua entrada no Pádel veio somente em 2017, quando assistiu seus ídolos, Lucas e Juliano Bergamini, vencerem a Copa Fabrice Pastor. Depois desse marco atingido pelos atletas, decidiu que também queria isso, disputar campeonatos e representar sua cidade em outros países. A emoção da quadra, torcida, do ponto disputado, tudo a encantou. “Nossa eu preciso disso, eu preciso saber como é ver isso, depois que eles ganharam, eu quis começar a jogar na hora. Antes eu jogava para brincar, mas passei a treinar sério”, comenta.

Competições no esporte

Seus treinos começaram a acontecer em 2018, junto com seu pai, Fernanda Abarzua e Juliano Bergamini. Em 2019 ela conquistou a 1ª vaga para a seleção brasileira de Pádel, na categoria sub14. Isso aconteceu graças as suas conquistas dos Brasileiros de 2019 a vaga para o Sul Americano Amador na seleção adulta.

Ao todo, Giulia já participou de mais de 40 competições, sendo 2019 seu ano de destaque, em que jogou em 17 ocasiões dentro de torneios internos, estaduais, nacionais e, até mesmo, mundial.

Treinamento de atleta

Para chegar no desempenho de atleta, Giulia teve sua rotina pré-competições bastante definida por treinos categóricos ao longo da semana. Todas as manhãs ela se dedica as aulas, cursando o 9º ano escolar. As tardes ela foca no Pádel, praticando a parte técnica, táticas e repetição.

No fim das tardes, ainda há os treinamentos voltados para desenvolver a parte física, que segundo seu pai, é uma das mais importantes para o esporte. “A parte técnica, muitas vezes é parecida entre os atletas, os treinos podem ser parecidos. O diferencial é o atleta que tem um bom físico, vai na bola e volta, que tem resistência”, explica Juliano.

Ela diz que sua prática no atletismo ajudou na hora de encarar as competições de Pádel. “O atletismo me ajudou a controlar o nervosismo de uma competição, já que bem criança eu ia nas disputas e ficava muito nervosa. Fui aprendendo a reverter isso”, destaca.

O futuro no esporte e na vida

Pensando no que está por vir, Giulia quer prosseguir na Seleção Brasileira de Pádel pelo menos até os 18 anos de idade, continuando em competições por vários locais, já que é algo que adora. Depois disso, ela não tem tanta certeza quanto a continuar no esporte, mas deixa claro que muita coisa pode acontecer até lá.

O próximo passo agora vai ser entrar na categoria sub16 do esporte, após ficar quatro anos em sua atual categoria, por conta da idade, está na hora de um novo marco. Esse e outros avanços na carreira são feitos a partir de sua própria exigência, em que ela espera ir bem no que faz, tanto no Pádel, quanto na vida.

Ela utiliza como base nas suas escolhas de vida, a imagem que possui de seus pais, em que ela se inspira. “Na minha mãe eu me baseio na vida, no meu pai mais no Pádel em si, mas a mãe é em tudo. Meus pais me acompanham e me apoiam em qualquer coisa, me ensinado a viver tudo que eu posso”, pontua.