Encantos da Fenavinho

Na terça que passou, a FENAVINHO e a EXPOBENTO estiveram por aqui trazendo, em mãos, o convite para a abertura dos eventos, dia 30 de maio. Estavam representados pela Presidente da Fenavinho Patricia Pedrotti, pelo Diretor Geral da ExpoBento Tiago Casagrande e pela CORTE das soberanas, a Imperatriz ANA PAULA e Damas Taís e Liege. A CORTE me encanta, é linda, culta, comunicativa e simpática, uma das três melhores que a FENAVINHO já teve. Eu já prenunciava a catástrofe da inundação, dos desabamentos, do sofrimento. Propus uma oração e a fizemos em conjunto, depois falamos dos eventos, do entusiasmo, da CORTE que estava feliz, orgulhosa, dos desafios da PATRICIA e do TIAGO, que prometem inovação, criatividade. Presumo que a partir de segunda-feira já tenhamos clima para bradar pelos nossos eventos no curto espaço que temos para fazê-lo. A logística, a motivação, para sair de casa depois do desencanto sofrido e da nossa pesarosa solidariedade aos desafortunados que tem que se reciclar e reconstruir suas vidas, será um desafio.

A catástrofe

Convenhamos, não era difícil de prever, assim como não é difícil de prever que a cada três dias de chuva intensa e continuada teremos uma repetição. Os morros estão corroídos pela ação da água que brota no alto deles. Se não há contenção, e não há, eles vem abaixo. Quando Perachi Barcellos era Governador, a Região insistiu, precisava de acessos, assim brotou a Bento – São Vendelino e a Farroupilha – São Vendelino. Na inauguração em Farroupilha, disse o Governador “insistiram tanto, tiveram tanta pressa, que eu fiz a estrada desse jeito, vamos ter problemas no futuro, esse morros virão todos abaixo”. Não deu outra, não param de cair, a mesma coisa ocorre na São Vendelino, não há contenção, vez por outra, quase sempre, vem abaixo. A contenção é cara, os morros da Rota do Sol, viviam caindo, lembram? Foi finalizada pela Governadora Yeda Crussius, insistiram tanto para ela finalizar os poucos quilômetros de asfalto que faltava, que ela foi incisiva: “tá bem, vou fazer, mas não vou fazer a contenção”, à medida em que os morros vinham abaixo, a contenção foi sendo feita, hoje eles caem em pequenas doses, problemas que diante do contexto são fáceis de resolver. No entanto, lá por ITATI o asfalto cedeu, o Governador Leite disse “vou refazer mas são necessários 8 milhões de reais pois a base terá que ser refeita. Pontes caíram em tudo que é lugar, asfalto cedeu em tudo que é lugar no estado, fruto também de concorrências públicas sem que tenham suficientemente sido assistidas e fiscalizadas. Tudo bem que uma e outra, diante das intempéries se danificam mas, tanto assim, com o estado destruído desse jeito? Não fizeram análise do terreno, não olharam para os morros?

A reconstrução será dolorosa

O GOVERNADOR LEITE e outros Governadores estavam rediscutindo o pagamento da dívida dos estados com a União, onerada pela reforma tributária. LEITE estava tentando convencer a sociedade política e civil da necessidade de aumento de tributos” para que o estado não venha a sofrer novo desequilíbrio financeiro”, argumento. Não conseguiu. Então manteve a ideia de cortar incentivos fiscais que o estado concedeu a 64 indústrias. Desde 1° de maio, em plena catástrofe, com todo mundo sem poder se mexer, subiram preços de muitos alimentos. Com destruição a cada esquina e tendo que reconstruir, assim como o Governo Federal vai ter que reconstruir o que foi danificado e é responsabilidade dele, agora o Governador vai endurecer. Entendo que ele vai aceitar o infortúnio com a elegância que lhe é peculiar, sem se importar com o possível grande prejuízo político que possa vir a ter, e terá. O Estado está desolado. Além da reconstrução material, há também a reconstrução humana, dos desabrigados, dos desafortunados, obrigação solidária da sociedade civil. Vai demorar para equacionarmos esse doloroso revés e reconstruirmos o estado. O que seria do RS se não tivessem vindo as concessões das estradas, o doloroso, mas agora, festejado pedágio? Com o estado por si só, reconstruiria, em favor da sociedade, tamanha destruição?

Os heróis da resistência

Suplicado a ajudar o RS, LULA veio ao Estado naquele avião presidencial que JANJA, a Primeira Dama, reclama por não ter uma cama de casal (leia-se ela quer uma cama de casal num avião novo). Desembarcou num estilo “bad boy”, boné sobre os olhos, brabo, muito brabo, me levou a pensar se a brabeza era comigo, “não pode ser”. Eu queria ter visto o desembarque de um Presidente estadista, só que não, ele mal cumprimentou o Governador que demonstra estar sofrido, cansado, com profundas olheiras e já assaltado por inúmeros cabelos brancos. Por aqui, entre nós, não é de hoje que me confesso admirado pela personalidade humanística e solidária do Prefeito Diogo. O semblante abatido bate à sua porta, ele não dorme, comanda e assiste as ações solidárias aos desafortunados da enchente. Aqui, logo ao lado, temos a JOANA D’ARC da política, combatendo, com sua espada de madeira (sem recursos) a adversidade continuada que parece destruir seus sonhos, uma SANTA TEREZA florida, encantadora, cercada do asfalto que todo turista gosta, dos seus encantos, da EXPOSANTA, tudo agora destruído. Mas, GISELE é uma JOANA D’ARC, tempera forjada na adversidade, não enfrentando os Ingleses mas as águas e, suportando os desígnios de Deus, serenamente, brilhantemente, com uma galhardia e lucidez que orgulha as mulheres e encanta os homens. Portando seu guarda-chuva, que não é a toa que tem o tamanho de um guarda sol, e vestida elegantemente, ela, ao falar em reconstrução, me fez lembrar da letra daquela canção “começaria tudo outra vez, se preciso fosse meu amor”, porque eu cheguei a conclusão que ela é feita de amor por sua Santa Tereza.

Miss aos 60 anos

Modelo, advogada e jornalista argentina, Alejandra Rodriguez venceu a edição do Miss Argentina. O detalhe é que ela tem 60 anos e agora vai disputar, o MISS UNIVERSO. Ela afirmou, entre outras coisas, que “a beleza não é apenas o físico, tem a ver com a atitude perante a vida, que vai além da estética”. “Vai com tudo Tafarela”!

Curtas e poderosas

  • Na cidade de UTAH, EE.UU., uma família, sem perceber, encaixotou a GALENA, uma gata de estimação, e a enviou para armazém distante 900 quilômetros. Ela ficou 6 dias sem água e sem comida. A família a procurou por uma semana no bairro em que mora. Quem avisou onde Galena estava foi uma veterinária. Ela foi encontrada pela AMAZON, quando examinavam uma caixa com botas devolvidas depois da compra.
  • Vem aí, em julho, o WEGOVY, remédio injetável para obesidade. Nas farmácias brasileiras no segundo semestre.
  • Se você mediu a pressão no Hospital ou no consultório médico após caminhada, subir escada, elevador, com temores ou angústias, vale a pressão 14X9, mas se mediu em casa, vale 12X8. A Sociedade Brasileira de Cardiologia lançou documento que traz mudanças na aferição da pressão alta.
  • Obras da construção do CRISTO ACOLHEDOR , em SOBRADINHO, já estão em fase de conclusão. Motivação de sua construção é o turismo religioso que tem ganhado impulso no estado. Eu tô dizendo que deveríamos construir uma imagem do SANTO ANTÔNIO, “a Romaria seria grande, até com gente acampando aos pés do Santo Antônio”. As obras no entorno do CRISTO PROTETOR de ENCANTADO, em vias de conclusão, foram destruídas pela enchente.