O Horário de Verão não deve retornar este ano, conforme prevê o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele disse, na quarta-feira, 27, que o atual cenário hídrico não necessita de mecanismos para minimizar os efeitos do alto consumo de energia elétrica durante o período mais quente do ano.

Dados apresentados pela pasta mostram que não há indicativo de uma possível crise hídrica para a medida. No entanto, empreendimentos do ramo de bares e restaurante pedem ao governo que o horário seja retomado. O ministro informou ainda que a volta somente ocorrerá e caso de necessidade de segurança para suprimento do setor elétrico. “Por enquanto, não tem sinal nenhum nesse sentido. Estamos com os reservatórios no melhor momento dos últimos 10 anos”, comunicou Silveira.

Desde 1931, quando foi criado, o horário de verão tinha como principal objetivo reduzir a demanda por energia no período de suprimento mais crítico do dia, ou seja, entre as 18h e as 21h, quando a coincidência de consumo por toda a população provoca um pico denominado horário de ponta. No entanto, mudanças no comportamento do mercado de trabalho e outros pontos, mostravam que o formato do atual horário não traria redução no gasto energético como no início de sua criação.

Em 2019, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a medida foi extinta, com base em estudos que apontaram a pouca efetividade na economia energética. O governo da época também se baseou em estudos da área da saúde sobre os impactos da mudança no relógio biológico das pessoas.