Economista cearense possuía uma síndrome hereditária rara, cuja mutação genética aumenta a chance de desenvolver a doença em 90%

O domingo de Dia dos Pais, 13, foi mais um momento marcante na família de Régis Feitosa Mota, de 53 anos. Ele faleceu após lutar contra um câncer. O economista cearense possuía uma síndrome hereditária rara, cuja mutação genética aumenta a chance de desenvolver a doença em 90%. A história de Mota ganhou repercussão nas redes sociais após perder seus três filhos para a mesma doença.

A história na família teve início em 2009, quando a filha mais velha, Ana Caroline, na época com 12 anos, foi diagnosticada com com leucemia linfoide aguda, que tem início na medula óssea. Apesar de conseguir se curar naquela época, em 2021, ela descobriu um tumor no cérebro, vindo a falecer no ano seguinte.

Em 2016, Mota sofreu a primeira perda, quando o filho Pedro, de 17 anos, foi diagnosticado com osteosarcoma, um tumor ósseo na perna. Após quatro anos de tratamento, o jovem veio a falecer em 2020. Por fim, a caçula, Beatriz, foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda aos 11 anos, e faleceu um ano depois, em 2018.

Ainda durante o tratamento do filho Pedro, Mota teve diagnosticado um câncer em 2016 (leucemia linfoide crônica). Ao longo da batalha, ele ainda teve um linfoma não Hodking em 2021 e um diagnóstico de mieloma múltiplo em 2023. Durante todos os tratamentos, Mota contava o dia a dia de sua caminhada pelo seu instagram, seguido por quase 900 mil usuários.

Devido o agravamento de seu quadro clínico, no dia 31 de julho, Mota acabou sendo internado em Fortaleza, na esperança de conseguir melhorar para realizar um transplante de medula óssea. No entanto, a doença se intensificou e ele veio a falecer.

A confirmação da morte foi divulgada por um dos irmãos, Rogério Feitoso Mota. “Nosso guerreiro foi ao encontro dos filhos exatamente no dia dos pais. Que Deus o tenha, meu irmão! Te amamos muito!”, publicou nas redes.

Foto: Arquivo Pessoal