Vítima, de 71 anos, era morador do Vale Aurora

O primeiro óbito decorrente das chuvas em Bento Gonçalves foi confirmado no início da noite desta quinta-feira, 2 de maio. Trata-se de um homem, de 71 anos, morador do Vale Aurora. Segundo as informações, Luiz Carlos Schutkovski dormia quando, por volta das 5h.

De acordo com as autoridades, momentos antes do deslizamento, a esposa de Schutkovski atendeu uma ligação do filho, deixando o quarto. Foi nesse instante que a casa foi atingida pelo deslizamento de terra, que soterrou o morador enquanto ele ainda estava na cama. A identidade da esposa não foi divulgada, mas ela escapou do incidente com ferimentos leves.

Para localizar o idoso foi realizada uma operação de resgate. Equipes de bombeiros e membros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) auxiliaram nas buscas que localizaram o corpo do homem.

Caxias do Sul confirma primeira morte

A primeira vítima das chuvas em Caxias do Sul foi identificada como Leandro Fortes Carvalho, de 53 anos, encontrado soterrado dentro de sua própria casa, localizada no bairro Galópolis. Carvalho, natural de Santa Maria morreu na manhã desta quinta-feira, 2 de maio, quando um deslizamento de terra atingiu a localidade, deixando sete pessoas desaparecidas, além de provocar danos e destruição generalizada na região.

De acordo com o tenente-coronel Marcio Muller Batista, Comandante do 5º Batalhão de Bombeiros Militar, as operações de resgate não serão interrompidas, mesmo durante a noite e a madrugada, demonstrando o compromisso das equipes em salvar vidas a qualquer custo. O trabalho árduo envolve 14 homens, que utilizam ferramentas e enxadas para remover os escombros e acessar as áreas afetadas. “A primeira vítima localizada estava onde havia sido indicado que seria a primeira casa. Ela estava dentro da casa, pela indicação dos familiares. Durante a tarde, estivemos em 14 pessoas. O trabalho está sendo feito com ferramentas, enxadas, para poder remover todo o material. E as buscas seguem. É 24 horas. Enquanto nós não encontrarmos todos, nós não vamos parar”, destaca.

A situação continua crítica, com aproximadamente 120 pessoas ainda em áreas de risco aguardando por socorro. A dificuldade de acesso tem sido um obstáculo para os bombeiros, que lutam para alcançar e auxiliar os moradores que permanecem em áreas perigosas.