A profissão desta semana é antiga e surgiu quando o homem aprendeu a manipular e moldar o metal, por volta de 2000 a.C. Com o passar dos anos, sofreu um declive após a Revolução Industrial, pois as fábricas metalúrgicas produziam em escalas maiores, o que ocasionou a quase extinção da profissão. Hoje encontramos alguns ferreiros que ainda produzem e sentem-se gratificados com a atividade. Claimar Munhol, 58 anos, morador do Distrito de São Pedro, no Caminhos de Pedra, é ferreiro há mais de 40 anos.

A ocupação que foi passada de geração em geração na família Munhol existe há cerca de 60 anos. Hoje, o empreendimento é tocado pelo filho que aprendeu a profissão com o pai. “Ele veio de Maximiliano de Almeida no ano que foi instituído o salário mínimo para trabalhar em uma empresa, mas ela não tinha condições de pagar e estava demitindo alguns funcionários. Como ele não conseguiu outra ocupação, foi trabalhar na ferraria de um tio. Após um tempo, ele alugou uma peça próxima à queda de água e ficou trabalhando por lá. Mais tarde, quando começou a aumentar o número de pedidos, ele se instalou onde estamos até hoje”, frisa.

Para ajudar o pai, o jovem iniciou cedo na atividade, com 12 anos. “Inicialmente era para fazer outras coisas, e como meu pai era sozinho acabei ficando por aqui. Eu iniciei desde criança, pois no meu tempo começávamos a trabalhar cedo. O local no qual trabalhávamos era próximo ao rio, mas com o passar do tempo viemos para São Pedro devido à energia elétrica que facilitava o trabalho”, comenta.

Ele pontua que algumas dificuldades são encontradas, mas que mesmo com isso não se abala e segue firme. “Muitas vezes somos tratados como uma empresa grande. Para conseguir licenças ambientais, pagar impostos, então é uma diferença muito grande. Algumas coisas encarecem para nós que somos de um ramo artesanal”, frisa.

Leia mais na edição impressa do Jornal Semanário deste sábado, 23 de abril.