Com mais de US$ 15 milhões comercializados no mercado internacional em sucos, vinhos e espumantes, o setor vitivinícola brasileiro obteve crescimento de 17,3% nas exportações em 2017. No ano passado, o destaque das vendas ficou com a categoria de vinhos e espumantes, que representa quase 60% do total exportado, registrando uma expansão de 47,5% no valor comercializado, somando US$ 8,77 milhões. Os sucos, por sua vez, tiveram uma retração de 8,6% na contabilização das vendas, atingindo US$ 6,32 milhões.

Os produtos foram remetidos para 51 países, com ranking dos principais destinos sendo liderado por Japão, Paraguai, Estados Unidos, China, Reino Unido, México, Chile, Colômbia, Equador e República Dominicana.

As 42 empresas participantes do projeto setorial Wines of Brasil, realizado em parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para a promoção comercial no mercado externo, responderam por, aproximadamente, 95% do resultado obtido em 2017 na exportação. O desempenho do grupo foi ainda mais expressivo, obtendo incremento de 55,6% nas vendas ao Exterior.

O gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini, explica que o Japão aparece com principal destino das exportações, em função de operações com suco concentrado. Entretanto, a Terra do Sol Nascente também figura na quarta colocação na importação de espumantes e em sétima em vinhos, devido a contratos de fornecimento com grandes players de venda online de vinhos e redes varejistas. O país ampliou em 34% o valor adquirido em relação à 2016.

Outro destaque no ano passado foi a América Latina. De forma agrupada, os países da região despontaram como grandes parceiros comerciais, absorvendo 41,3% do valor global negociado. Entretanto, os Estados Unidos, Reino Unido e China, por serem mercados maduros, formadores de opinião e compradores de rótulos de maior valor agregado, continuam entre os mercados-alvo do projeto. O valor médio por garrafa exportada para os Estados Unidos gira em torno de US$ 10, cinco vezes maior que o Paraguai.

“A partir de 2018 teremos ações voltadas para a América Latina em função de vantagens competitivas, como proximidade geográfica e também de perfil de produto. Os consumidores possuem paladar semelhante ao que temos no nosso mercado interno, que aprecia vinhos mais leves e frutados”, observa Bertolini, acrescentando que nessa região há um bom potencial para o suco 100%.

“Desde o ano passado estamos focando no que somos mais competitivos, que é o espumante, mas calibrando estratégias para cada país trabalhando também vinhos e o suco de uva”, informa o gerente. A estratégia está embasada no fato de os espumantes responderem por quase 8% da receita com exportações, apesar de somar 4,6% em volume, o produto apresenta uma melhor rentabilidade, com média de US$ 4,59 por litro, e também por estar ampliando sua participação nas vendas. Em 2017, o volume cresceu 47,5%, ante 45,6% dos vinhos.