Todo o mundo quer ser valorizado e reconhecido. Todo o mundo quer receber presentes inesperados, elogios e aumentos salariais. Todo o mundo quer reciprocidade. Mas reciprocidade é uma troca. E o que você está oferecendo?
Final de ano é uma correria, todo o mundo fica meio louco e impaciente, querendo torrar o décimo terceiro, investindo tudo o que não investiu no ano inteiro, comprando tudo o que não comprou o ano inteiro, fazendo as pessoas trabalharem o dobro, dando a horrível sensação de que acontece um mini apocalipse no dia 31 de dezembro: sobrevive quem encheu a dispensa de panetone, a barriga de espumante e quem pagou mais caro pelo ‘reveião’ à milanesa.
Contextualização feita, é hora de reforçar a coluna da semana passada, que modéstia à parte, eu não paro de falar dela para todo o mundo.

  • Minina, a fulana disse que ia vir deixar tudo pronto e sequer apareceu, disse que não vai conseguir fazer.
  • Foi o que eu escrevi na minha coluna, as pessoas não têm mais comprometimento.
    Exemplo dado, e falando mal do jeito que as pessoas andam vivendo – desculpa, mas tem gente implorando, vamos voltar para a reciprocidade. Não consigo aceitar alguém que queira ser visto, mas não se faz visto. Alguém que queira ganhar um presente, mas nunca deu um presente. Alguém que quer socialização, mas quer que busquem em casa. Alguém que uma vez fez uma coisa boa, e quer receber o prêmio anualmente por aquilo.
    Já é sabido que tendemos a reclamar mais do que elogiar, é sim um agravante, moderador motivacional. Mas quem é que vive de opinião e elogio? Provavelmente o dono da resposta não está mais aqui para levantar o dedo.
    Tá corrido, tá difícil. Estamos nos virando em três para dar conta e ainda conseguir fazer a unha e participar de todas as festas de final de ano que inventam. Por falar nisso, galera, ano que vem vamos começar em outubro para dar tempo? .
    Mas ano que vem começo a dieta-guarda dinheiro-academia-gastar menos-qualquer coisa que seja difícil de fazer. É só dar meia noite do dia 31. Está feito.
    Reciprocidade também é fazer o que você gostaria que fizessem a você, sem antes, ter algo em troca. Parece que entregaram pares de tickets de reciprocidade, os humanos perderam vários e agora ninguém faz mais nada sem ter o par de ticket completo. Tipo o jogo da memória, sabe?
    O movimento começa em algum lugar e muitas vezes, nem é aquela pessoa que vai te retribuir. Que tal parar de esperar uma coisa dos outros que você nem pratica? E bora fazer o que você gostaria que fizessem com você?