O famoso cafezinho é mesmo insubstituível no gosto do brasileiro. Na última Pesquisa de Orçamentos Familiares divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi constatado que o brasileiro toma de qautro a cinco xícaras todos os dias. Isso leva o café a liderar a lista que avalia a média de consumo per capita de vários alimentos – em segundo e terceiro lugar, respectivamente, estão o feijão e o arroz, campeões em nossas mesas.
E os benefícios desse hábito não são poucos! Segundo a nutricionista Elaine Fontes, iniciar o dia com essa bebida quentinha colabora para melhorar o humor. “Ele estimula o sistema nervoso central, a capacidade física e mental, ajuda na concentração, diminui a fadiga, o risco de diabetes, doenças cardiovasculares, aumenta a termogênese, favorece a queima de gordura, previne a oxidação das células e reduz o risco de formação de cálculos renais”, enumera.
Tudo isso acontece porque, ao tomar um cafezinho, ingerimos, além da cafeína, diversas substâncias importantes para o organismo, entre elas, minerais como potássio, cálcio, zinco, ferro e magnésio. Também estão presentes na bebida antioxidantes, polifenóis e flavonoides, em que os principais são os hidroxicinâmicos (cafeico, cumárico, ferrúlico). Achou pouco? Ainda podemos acrescentar a niacina, os ácidos clorogênicos e os quinídeos a essa lista.
Mas é bom não exagerar na bebida. A moderação é o segredo de qualquer dieta nutricional, e aqui não é diferente. “O grande problema está na cafeína. A ingestão em grandes quantidades pode causar irritabilidade e nervosismo, aumento de produção do suco gástrico, ansiedade, insônia e dores de cabeça, bem como acelerar os batimentos cardíacos”, alerta Elaine. A especialista ainda explica que o café pode até acarretar a perda óssea, já que aumenta a eliminação de cálcio na urina.
Seu companheiro de todas as manhãs
Moderar a quantidade da bebida não significa deixar de incluí-la nem esquecer aquela que é a mais importante refeição do dia. “O café da manhã é insubstituível e não deve ser pulado em hipótese alguma, porque, depois de um período de jejum prolongado à noite, o nosso organismo vai precisar de nutrientes para fornecimento de energia”, comenta a nutricionista. Ela acrescenta que um desjejum completo pode reforçar a capacidade de concentração e até a defesa imunológica, além de diminuir os níveis de stress e o risco de obesidade.
Para balancear corretamente essa primeira refeição, o importante é incluir níveis adequados de nutrientes que supram as necessidades energéticas. Ou seja, consumir carboidratos complexos, fibras, proteínas, lipídeos, cálcio, vitaminas e minerais. “Eles podem ser encontrados em uma dieta com cereais matinais, pães, frutas, café, sucos, leite e derivados, queijos com baixo teor de gordura e iogurtes”, enumera Elaine, ressaltando que o segredo é variar as formas de preparação (para não cansar o paladar).
Dica: Se você gosta mesmo de tomar café e quer degustar todo o sabor da bebida, preste atenção, pois a qualidade final do produto pode depender de uma série de fatores. “Isso ocorre devido ao processo de produção, controle de qualidade, triagem, aspecto e torração. No caso dos cafés ditos gourmets, por exemplo, os grãos são melhores, sem defeitos e, em geral, mais benéficos para a saúde. Como a sua torra é clara, consegue preservar os nutrientes e os antioxidantes”, conclui Elaine.
Agora que você já conhece as vantagens dessa bebida, que tal tomar um cafezinho?
Fonte: portalvital.com.br