Nesta terça-feira, setor esteve reunido para agregar conhecimento e negócios. Evento tem realização do Sebrae e apoio da Abimóvel, Movergs, Sindmóveis Bento Gonçalves, Instituto Senai de Tecnologia em Madeira e Mobiliário e patrocínio da Promob Software Solutions

A 5ª edição do Circuito de Transformação do Mercado Moveleiro RS aconteceu em Bento Gonçalves nesta terça-feira, 26 de novembro, no Centro Empresarial de Bento Gonçalves. Com o tema ‘As perspectivas para o mercado moveleiro 2020’, o evento reuniu dezenas de pessoas, entre representantes de entidades, empresários e profissionais do segmento no Circuito Moveleiro Serra. O Circuito já foi realizado nas cidades de Porto Alegre, Lajeado, Santa Rosa e Passo Fundo e conta com a realização do Sebrae e apoio da Abimóvel, Movergs, Sindmóveis Bento Gonçalves, Instituto Senai de Tecnologia em Madeira e Mobiliário e patrocínio da Promob Software Solutions.

O gerente regional do Sebrae RS, César Nascimento, deu as boas-vindas a todos os presentes e ressaltou a importância de unir forças. “Esse é apenas o começo de um longo trabalho que pretende fortalecer o setor”. Luiz Carlos Rosa, presidente do Núcleo do Circuito de Transformação, ressaltou a importância da cooperação entre as empresas, pois dessa forma será possível conhecer o setor e as demandas. “Estamos concentrando atenção em assuntos relevantes da cadeia de forma organizada”.

O jornalista Tulio Milman abriu o evento falando de projeções dos cenários político e econômico para o RS e Brasil. Discorreu sobre as eleições de 2020 e destacou dois cenários, o otimista com o avanço das reformas e o pessimista gerado pelos conflitos internos e externos provocando quadro de instabilidade. Como sugestões para o crescimento, Milman apontou como estratégias importantes o fortalecimento de marcas e a aposta em experiências para o consumidor. Outra informação relevante trazida pelo jornalista é a de que desde 7 de outubro o amadurecimento da população no RS, ou seja, pessoas acima de 60, é maior do que pessoas até 14 anos, o que gera mudanças na saúde, na mobilidade urbana e na política, exigindo, consequentemente adequações na arquitetura e no design. A segunda palestra contou com a presença da também jornalista Eleone Prestes que abordou as tendências do mercado mundial para atuar no Brasil. Entre elas estão tonalidades para 2020, a misturas de materiais, os tons neutros aliados com cores vivas, formas diferenciadas e toques retrôs.

O evento também contou com três painéis. O primeiro ficou a cargo do diretor do IEMI, Marcelo Prado, que tratou das perspectivas para 2020 no setor moveleiro, em que enfatizou a necessidade de trabalhar por nichos. “O Brasil é um país heterogêneio, são muitas tribos que consomem produtos diferentes, sendo assim as empresas precisam trabalhar com vários canais de distribuição e em segmentos diferentes”. Apenas em 2018, segundo Prado, os brasileiros consumiram R$ 84 bilhões em móveis e colchões. Ressaltou que apesar de a internet ainda ser um mercado pequeno, apresenta taxa de crescimento de 33% ao ano, enquanto o varejo físico registrou 1,7% de alta. O consumo de móveis e colchões conta com dois mercados, o de alto padrão, que representa 24% da população e o popular que reflete 76% da população e R$ 41,4 bilhões. “Estamos num momento de pós-crise, em 2019 a previsão é de crescimento em torno de 3% e as projeções para 2023 são de uma recuperação contínua, ou seja, a razão da alta não será a custa de atalhos, subsídios, entre outros, mas por meio de facilitadores como baixa de juros e financiamentos”. Entre os desafios pós-crise, Prado aponta um trabalho de posicionamento estratégico por parte das marcas (regiões, canais de varejo, linhas de produtos com maior poder de diferenciação) e como tendências destacou a customização, multifuncionalidade, ambientes pequenos, logística reversa, sustentabilidade e responsabilidade social.

No segundo painel, Eleone Prestes, apresentou as perspectivas para 2020 na arquitetura e design, oportunidade em que enfatizou a importância do design como ferramenta de mudança e de diferenciação para as empresas. “Temos visto, por exemplo, no segmento de cores cadeiras com inteligência artifical e ainda como diferencial na paleta de cores que são tendência”. A sustentabilidade também foi apontada como diferencial e Eleone ressaltou que o termo ganhou outras palavras amigas como reuso. “As pessoas começam a ter uma noção de que podem fazer algo com o mobiliário existente, como reformar, vender”. A sofisticação do lar, com o intuito de trazer bem-estar e relaxamento, também é uma tendência, por meio de estofados, balanços, etc. “O design está por trás da inovação e ele ajudará a movimentar o mercado e vender produtos. Os empresários precisar ter um ohar de como as pessoas vivem”.

No terceiro e último painel, a empresária Simone Gobbi falou das perspectivas de 2020 para o comércio de móveis e também da experiência à frente de suas marcas no varejo, a Natuzzi Itália e Natuzzi Novelle. “Eu acredito que o ano seguinte sempre será melhor, o empreendedor precisa pensar que sempre será melhor”. Gobbi apontou a gestão compartilhada como fundamental para o empresário dar conta das inúmeras tarefas. “É preciso pensar fora da caixa, inovar para seguir no mercado”.

Na parte da tarde, paralelamente, foram relizados o Projeto Comprador Conexão: Indústria Seriada e Lojistas Nacionais e a Sessão de Negócios Conexão: Arquitetura e Marcenaria.

Fonte e foto: Ascom do evento