Pedidos de seguro-desemprego foram positivos, enquanto a reposição de trabalhadores e quadro acabou diminuindo

Os primeiros seis meses de 2018 apresentam números oscilantes entre positivos e negativos na agência do Sine/FGTAS de Bento Gonçalves, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Entre os positivos, está o total de vagas captadas, de 531 em 2017 para 578 nos primeiros meses deste ano. O Coordenador da agência, Sandro Castagnetti, explica o que significa esses dados. “São os números de vagas que foram anunciadas aqui, na agência, e nós repassamos aos trabalhadores que estão cadastrados ou que nos procuraram em busca de um emprego. Mas vale ressaltar que isso não representa um aumento em vagas disponíveis no contexto geral de mercado”, explica.

Outro fator que teve alta é o total de encaminhamentos para o empregador. Em 2017 o número foi de 2.487 contra 2.685. Conforme Sandro, apesar do aumento, não se tem dados de quanto tempo essas pessoas estão permanecendo em seus respectivos empregos ou se partem para outros ramos.

Um quesito que pode ser comemorado, pois teve uma queda significativa, é no número de requisições de seguro-desemprego. No mesmo período do ano passado, a agência local recebeu 3.398 pedidos contra 2771 neste ano. E um último fator de aumento significativo é no total de trabalhadores cadastrados: 37.058 contra 34.225 pessoas no sistema no último ano.

Já na parte negativa, em termos comparativos, há alguns quesitos. Entre eles, a diminuição nos quadros, conforme Sandro. “Quando se está abrindo um negócio ou se expandindo e aparecem ofertas de vagas que antes não existiam disponíveis. No ano passado, foram 68 contra 24 neste período. São muitos fatores que podem explicar, como por exemplo, a construção do presídio em que trabalhadores foram contratados e agora poucos empreendimentos de maior demanda apareceram”, comenta.

Em termos de reposição, houve um diminuição de 91 pessoas em relação ao ano passado. Segundo o Coordenador da agência local, isso acontece quando uma empresa demite um funcionário e logo em seguida contrata outro ou mais para a mesma função a ser exercida.

Com relação ao número de atendimentos na agência houve queda 245 se comparado a 2017, o que é considerado normal. “Essa é uma variação que consideramos pequena e que sempre acontece em todas as agências. Não entendemos como algo ruim dentro do atual cenário”, diz o superintendente.

Outro fator em queda, segundo levantamentos dos dados divulgados pelo Sine/FGTAS, é o total de contatos, de 46 para zero, o qual tem uma explicação. “São contatos que realizamos diretamente com os trabalhadores que estão cadastrados em nosso sistema, mas que por algum motivo os dados passam a não baterem e se dá outro tipo de encaminhamento”, conta.

A busca por trabalhadores qualificados para ocuparem as vagas divulgadas está aumentando o nível de exigência por parte das empresas e também dos agentes do Sine/FGTAS. “As empresas estão solicitando trabalhadores com qualificação e nível de instrutução alta para ocupar os cargos. Nós, aqui da agência, percebemos isso diariamente quando realizamos a triagem para posterior envio para uma entrevista”, ressalta.

Perguntado sobre uma projeção até o final do ano, Sandro enxerga com certa cautela a possibilidade de novas aberturas de vagas. “Uma possibilidade é a chegada de profissões que auxiliem as que já existem com capacitação para estarem inseridas dentro desta necessidade. Mas, não estamos enxergando grande melhora no mercado”, comenta.