No início da colonização, o intercâmbio comercial se resumia na troca de cereais por artigos ou por animais, dada a escassez de moeda e das dificuldades de transportar os produtos. O lombo dos muares era o transporte de mercadorias. Depois começaram a surgir os carroceiros, balseiros ou simples tropeiro e mascates que foram os primeiros elos de ligação entre as colônias e delas com os mercados maiores. A vida dos imigrantes italianos foi muito sofrida. Isolados do mundo precisavam produzir tudo que era necessário.

Puxados por bois, mulas e cavalos as carroças ou carretas foram por muito tempo o único meio de transporte para cargas pesadas pelos caminhos difíceis da serra. Os balseiros operavam no rio das antas, principalmente transportando madeira, um dos bons negócios com o crescimento dos núcleos urbanos na região alemã e em Porto Alegre. Os mascates percorriam as linhas e travessões a cavalo, levando fumo, charque, tecidos, café e outras novidades às terras mais isoladas, muitas vezes em troca pela produção caseira. Sem condições de estocar seus produtos e com dificuldade para transportá-los até o centro de consumo, os imigrantes entregavam os excedentes aos estabelecimentos de comércio que se instalavam em pontos estratégicos, como colônia do Caí, de onde as mercadorias podiam seguir pelo rio do mesmo nome, até Porto Alegre.

As casas de negócios eram centros de trocas, desempenhando um papel de correio, recebendo e enviando correspondências entre as Colônias e até emprestando dinheiro aos colonos.

Era exigência que o imigrante fosse agricultor, já que a meta principal da imigração no sul, era ocupar o território e aumentar a produção agrícola. Entre eles, no entanto, havia muitos profissionais e artesões, registrados como agricultores. Foram esses que deram impulso ao surgimento de oficinas e pequenas indústrias, assim que os núcleos começaram a se desenvolver. A dificuldade de comunicação com os centros mais desenvolvidos e a necessidade de equipamentos para suprir os colonos da região estimulavam esta diversificação de ofícios.
O crescimento acelerado dessa produção de fundo de quintal, num primeiro momento, impulsionando a economia da região Colonial Italiana.

Da natureza os primeiros alimentos levaram os colonizadores a caçarem os pássaros. Também se justifica o hábito como forma de proteção à lavoura, devorada por bandos de aves que deveriam ser exterminadas.