ATÉ QUANDO, SENHORES DO DAER?
Na edição do Semanário de quarta-feira escrevi um artigo sobre o descaso, o deboche com que nós, usuários, estamos sendo tratados pelo governo do Estado e pelo DAER. Comentei sobre o estado deplorável em que se encontra a RS-122, notadamente o trecho situado entre Bom Princípio e São Vendelino, onde a pista está cheia de buracos e panelas cujas dimensões são inacreditáveis. A foto que estou publicando mostra bem o “tamanho da criança”. Não é difícil imaginar quantos motoristas tiveram seus veículos seriamente danificados nesse absurdo que se vê na foto. Não é difícil, também, imaginar o perigo que essas crateras representam principalmente para motociclistas e motoristas que desconhecem a rodovia. A pergunta é imperiosa, pertinente e se impõe: até quando, senhores do DAER, continuará esse deboche? Não é por falta de dinheiro, obviamente, que os reparos e, também, a sinalização não são feitos, já que a RS-122 é pedagiada. E a Polícia Rodoviária informa, sim, ao DAER, em relatórios mensais, os problemas de conservação da RS-122. Alguém responde, antes que a mãe de alguém morra nela?

A RUA COBERTA
Inegavelmente os tempos mudaram. Não há mais espaço para que gente como o ex-governador antonio brito (sempre minúscula, revisão, ok?) faça coisas como a entrega, literalmente, das rodovias para seus amigos, sem o devido debate com a sociedade, valendo-se tão somente de deputados da base de apoio. Todavia, há coisas, atitudes e medidas que os que nos governam devem, simplesmente, fazer, construir, implementar por um motivo elementar: não dá para agradar a todos. Aos governantes cabe a tarefa de agradar A MAIORIA da população. A Rua Coberta é uma experiência plenamente aprovada em muitas cidades do Brasil e do exterior. É um forte atrativo turístico dessas cidades e, certamente, local frequentado pelos moradores delas. A administração anterior elaborou um projeto, apresentou-o ao governo federal e obteve sua aprovação. São mais de um milhão de reais disponíveis para a prefeitura de Bento Gonçalves que não podem ser desperdiçados. Há muitas cidades interessadíssimas nessa verba. O que deve ser feito, portanto?

A RUA COBERTA II
Elementar, caro Watson, diria o famoso detetive Sherlock Holmes: construir a Rua Coberta. Essa é a minha opinião. E a fundamento. Bento Gonçalves é um dos pouco mais de 60 destinos turísticos reconhecidos no Brasil. Há poucos dias foi distinguida com a segunda colocação por pesquisa realizada pelo Jornal do Comércio (Marcas de Quem Decide), atrás somente de Gramado (de larga tradição e investimento no turismo). Somos, pois, uma cidade turística e com mais potencial de muitas outras porque temos, também, o turismo de negócios. Há muito tempo se fala em “trazer o turista para o centro da cidade”, não é mesmo? Fenavinhos do passado conseguiram isso com o inusitado “vinho encanado”. Depois, o que se fez para isso? Na administração passada tentou-se um roteiro turístico no centro. Não me pareceu ter vingado. Temos, agora, a grande chance não só de ter um grande atrativo turístico no centro da cidade, mas, também, um ponto de encontro, um local onde os bento-gonçalvenses podem conviver. Há algumas décadas tínhamos esses locais. Hoje o que restou? Uma Via Del Vino totalmente inexplorada turisticamente falando. Que venha, pois, a Rua Coberta, Prefeito Guilherme Pasin. E sem preocupações com interesses pessoais ou de grupos. Consulte a população através de pesquisa. Numa audiência pública vencerá quem gritar mais alto. Lembram-se do PRESÍDIO? Uma minoria barulhenta nos fez perder a obra. Continuamos com a “atração turística”, verdadeiro barril de pólvora, no centro. Vamos repetir?

AUMENTO DE PREÇOS
É impressionante a forma com que estão conduzindo a opinião pública. Jornalões, revistonas, redes de TV e os “analistas pit bulls” regiamente remunerados sabe-se muito bem por quem, insistem em querer culpar o governo pelo aumento de preços de muitas coisas. Fingem esquecer que fhc empurrou a “economia de mercado” goela abaixo dos brasileiros, visando beneficiar os “donos do Brasil”, os que detém monopólios, oligopólios ou cartéis dos principais produtos. Os fatores sazonais são, simplesmente, omitidos. Problemas climáticos que prejudicam o cultivo, a safra de produtos hortifrutigranjeiros, por exemplo; os combustíveis não tinham aumento há mais de DEZ anos e o aumento foi dado ao preço para as refinarias, SEM os impostos, ou seja, ele não incidiu SOBRE O PREÇO DA BOMBA, só que a “economia de mercado” repassou à bomba MAIS do que o aumento verificado nas refinarias. Culpa de quem? Em Caxias, postos foram multados em mais de 60 milhões por formação de cartel. Mas, SÓ em Caxias? O governo reduz impostos, zera impostos, reduz a taxa básica de juros aos patamares mais baixos da história do Brasil e como “eles” respondem? Com aumento de preços e “recomposição de margens de lucro”. Esse é o país da “economia de mercado”… Ah, sim, se alguém quiser contestar isso, basta enviar e-mail fundamentando com números e fatos. A coluna está aberta.

SÓ NÃO VIU QUEM NÃO QUIS
Quando antonio brito preparou a “entrega” das principais rodovias, visando cercar as principais cidades com cancelas de pedágios abusivos, comecei a escrever colunas manifestando minha contrariedade com o que estavam fazendo. Comentei o absurdo de se fixar, nos editais, o valor das tarifas, na época R$ 3,00. O governo federal também pedagiou rodovias, mas nos editais fez a lógica e o que a população espera: o melhor serviço pelo menor preço. Rodovias catarinenses, por exemplo, estão em perfeito estado, bem conservadas e se roda centenas de quilômetros pagando um só pedágio de R$ 1,70. Aqui, entre Caxias e Farroupilha, por miseráveis 13 km se paga R$ 14,00, ou seja, no mínimo o dobro do que se gasta de combustível. Insisti que o modelo era absurdo. Protestei. Voz solitária. Agora, quase QUINZE anos depois, todos percebem a porcaria que o brito fez. Aliás, ele se nega a dar entrevistas. Por que será, hein? Só não viu que estava tudo errado quem não quis ou, o pior, quem tinha “interésses” em não ver. O problema é que ele fez a coisa tão bem ao gosto das concessionárias e contra o povo que será muito, muito difícil acabar com esse tumor maligno enfiado nas estradas. Mas há quem esteja gostando. Ou não?

ÚLTIMAS
Primeira: Sexta-feira, dia 01, às 18h20min, SEIS ônibus estavam na Rua Júlio de Castilhos. Quatro parados na frente da lanchonete. Um fechando o sinal do cruzamento Ramiro/J.Castilhos e outro parado com sinal aberto, esperando para entrar na Júlio de Castilhos;
Segunda: Tudo entupido. E não foi uma exceção, segundo ouvi. É “normal”. Mas, como “normal”? Não há ninguém para organizar os horários de ônibus urbanos? Não me parece necessário ter muitas faculdades no currículo para fazer isso;
Terceira: Quase 24 h para o desembaraço total da ERS-470 depois do tombamento de um caminhão cuja carga se espalhou na rodovia. Dá para acreditar numa coisa dessas? Ou tolerar a malemolência na solução?
Quarta: O acidente aconteceu às 14 h de um dia. Às 14 h do dia seguinte seguia o recarregamento da mercadoria. A transportadora e os donos da carga podem causar tanto transtorno impunemente?
Quinta: Depois da reportagem que vi na TV sobre a violência de alunos contra professores nas escolas, a pergunta é: quanto tempo demorará, ainda, para os professores somente entrarem nas escolas com guarda-costas?
Sexta: O queridinho da “grande imprensa”, ministro Joaquim Barbosa, mandou um repórter do jornal Estado de São Paulo “chafurdar no lixo”. Esse repórter investiga possíveis irregularidades no STF. Continuará ele, agora, sendo “ídolo” da “grande imprensa”?
Sétima: Barbosa justificou alegando “dor nas costas e estresse”. No julgamento do “mensalão” ele ficava de pé e se queixava de dores. Estresse, por óbvio, também. Será por isso que detonou várias vezes seus pares que tinham opinião contrária a sua?
Oitava: A morte de Hugo Chávez aflorou uma dúvida: como um povo “oprimido” por um “ditador” se reúne aos milhões para chorar a sua morte?
Nona: Segundo a “grande imprensa” e seus pit bulls amestrados, Chávez era um “demônio” e vendiam essa imagem a todos;
Décima: Lamentável a forma pela qual o Esportivo foi eliminado da final do ruralito. Arbitragem, mais uma vez, foi decisiva;
Décima-primeira:  Aviso aos gremistas: fui demitido “gentilmente”, através de “carta-circular”, do cargo de cônsul de Bento Gonçalves. Ainda estou apurando fatos. Na semana que vem darei detalhes sobre o assunto, pois penso que os gremistas de Bento merecem saber de tudo. Mas continuo conselheiro do Grêmio até setembro.