Tem sido pródiga a chamada “grande imprensa” quando prega a ética, moral e honestidade para os políticos. Mas, o que tem feito a sociedade para acabar com corruptos, amorais, imorais e desonestos? Aparentemente, nada, senão vejamos. Temos filas e filas em bancos, em supermercados, em caixas de lojas, em estádios de futebol, restaurantes (para esperar lugar ou para pagar a conta) enfim por tudo aonde se vá temos que nos submeter a elas. Só que os “espertinhos”, os “vivaldinos”, os que se acham “mais melhores” que os outros estão sempre ali, de plantão, para aproveitar e furar as filas. Esses aí, que acham que somos um banco de imbecis, são os primeiros a “cornetear” políticos. Domingo último uma rede de televisão mostrou uma médica fraudando o ponto eletrônico para colegas de trabalho valendo-se de dedos de silicone, especialmente confeccionados para isso. Ela registrava o ponto com os “dedos fantasmas” visando, exclusivamente, obter vantagens para seus colegas de trabalho. Provavelmente, havia uma troca de favores entre eles. Certamente essa gentalha também corneteava políticos. Há, também, funcionários públicos – não em pequena quantidade – que se valem de seus cargos para obter vantagens pessoais, quase sempre financeiras. Mas, não fica por aí. Na iniciativa privada se percebe falcatruas de funcionários. Fraudes, roubos, notas maiores que os gastos reais são apresentadas para reembolso; propinas de fornecedores são recebidas para conceder benefícios irregulares; desvios de mercadorias das empresas onde eles trabalham. Enfim, são inúmeras as fraudes que se praticam no Brasil, do Oiapoque ao Chuí, por todos os tipos de pessoas, sejam políticos ou não. Jornalistas, advogados, médicos, empresários, profissionais liberais, domésticas, funcionários públicos e privados, enfim não há uma única classe ou categoria que não tenha corruptos, ladrões, etc, da pior espécie no seu meio. Claro que no meio político há, proporcionalmente, mais gentalha desse nível, mas o que chama a atenção é que outra gentalha idêntica tem a coragem de “acusar” a classe política. E sequer mencionei os “espertinhos” que se valem de infrações de trânsito para obter benefícios e vantagens pessoais. Esse gênero de gentalha existe aos borbotões em Bento Gonçalves. Tanto que já afirmei que não há solução para amenizar os problemas do nosso trânsito que não passe por centenas, milhares de multas aplicadas aos infratores. Algumas escolas procuraram reduzir os problemas de trânsito que provocam. Em vão. Sempre há um monte daqueles que “querem levar vantagem em tudo”. Esses também chamam políticos de ladrões e corruptos. O que é, para eles, ética, moral e honestidade? Essa é a pergunta que não quer calar.