Um vídeo, utilizado em uma campanha do Ministério Público do Trabalho (MPT), sobre trabalho análogo à escravidão, voltou a colocar a Serra Gaúcha no centro das atenções, já que a pela publicitária, em forma de animação, mostra o personagem de um trabalhador aceitando uma proposta de trabalho temporário na safra da uva no Sul do País. Durante o vídeo de 30 segundos, a temática se desenrola, mostrando que o trabalhador fica cheio de dívidas, sendo obrigado a trabalhar para pagá-las. O material começou a ser divulgado em diversos locais, inclusive aeroportos, gerando indignação de lideranças políticas e empresariais da região.
O material integra o Projeto Liberdade no Ar e começou a ser exibido em aeroportos de todo o país. Em decorrência do impacto negativo à região, uma reunião foi realizada na sexta-feira, 2 de fevereiro, em Farroupilha, com representes do Ministério Público do Trabalho e representantes de entidades sindicais rurais da região. Durante o encontro, foi pedido a retirada do vídeo. A produção não está mais disponível no canal do MPT no YouTube.
Em um vídeo em suas redes sociais, o deputado estadual, Guilherme Pasin, condenou o material e anunciou ter protocolado ofícios juntos aos órgãos de Porto Alegre e Brasília, bem como junto à Infraero, solicitando que o vídeo fosse retirado das redes sociais e dos telões em aeroportos. “Se existe erro, a culpa, o crime, deve-se punir o responsável e não toda uma sociedade, uma região”. Por outro lado, trabalhamos o turismo na nossa região e cria uma animosidade com o povo nordestino que não existe e não pode existir, somos todos um país — afirmou ele, que soube do vídeo após postagens nas redes sociais. “, disse.
Em nota, o MPT informou que o material tem caráter educativo, pedagógico e preventivo, mostrando situações que ocorreram recentemente. “O objetivo é chamar a atenção para situações que podem parecer uma grande oportunidade, uma boa proposta de emprego e de mudança de vida, e não são”.
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