Governador destaca que se o Ministério da Saúde não comprar a imunização, o Estado vai adquirir diretamente com a farmacêutica

O governador Eduardo Leite em reunião com o presidente da empresa farmacêutica União Química – que tem parceria com a estabelecida com a Rússia para fabricação no Brasil da vacina – , Fernando Marques, em São Paulo, formalizou a intenção de adquirir doses da vacina russa Sputnik V. O documento foi entregue na terça-feira, 26.

Leite destacou que nessa parceria há possibilidade de de já nos próximos meses, fevereiro e março, ter 10 milhões de doses disponibilizadas e, a partir de abril, a fabricação nacional. “A articulação junto ao Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para a aprovação da imunização, já está sendo feita”, garantiu o gestor.

Ele ainda ressalta que se o governo federal não comprar doses da vacina russa, o Estado vai solicitar à farmacêutica, por aquisição direta. “Contudo, é importante ressaltar que o Ministério da Saúde já manifestou também a disposição de adquirir todas as que forem aprovadas pela Anvisa, fabricadas no Brasil, e, inclusive, já encaminharam um protocolo de intenção que pode vir a ser assinado”, pondera.

Confira o vídeo: https://bit.ly/3a2Hr8s

O que se sabe da vacina russa?

Essa vacina usa uma tecnologia conhecida como vetor viral não replicante, que já é pesquisada há décadas pela indústria farmacêutica e é a mesma da vacina de Oxford. No caso da vacina russa, ela é feita com adenovírus que causam resfriados em humanos. Eles foram modificados para não serem capazes de se replicar depois que entram nas células humanas.

As duas primeiras fases dos estudos clínicos começaram na Rússia no final de junho, quando foi investigado se a vacina, que é aplicada em duas doses, é segura e leva à produção de anticorpos. Cada fase teve 38 participantes.

Os resultados apontaram que só foram registrados eventos adversos leves e nenhum grave, e que todos os participantes desenvolveram uma resposta imunológica capaz de combater o coronavírus e impedir a infecção por ele.

A Sputnik V foi aprovada nesses testes e partiu para a terceira e última etapa do estudo, para verificar se ela realmente conseguiria proteger contra a covid-19. Essa etapa teve 22,7 mil voluntários. Os cientistas concluíram que a vacina tem uma eficácia de 91,4%.

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