Com 70 mil habitantes, em 1809, a capitania do RS é dividida em quatro municípios, princípio de sua organização administrativa.

O primeiro censo da população do Rio Grande de São Pedro foi feito em 1780, três anos depois da expulsão dos espanhóis. Por este censo se vê que o controle português nesse período se resumia as 14 freguesias situadas num triângulo cujos vertices eram Rio Grande, Rio Pardo, Santo Antônio da Patrulha e Porto Alegre, nas quais a população total não chegava a 18 mil pessoas. A vida de modo geral era muito acanhada nos povoados, mesmo na capital, Porto Alegre. Não havia esgoto, limpeza ou iluminação.

Tropas de gado atravessavam as ruas para ser embarcadas no porto ou abatidas no matadouro. Às 21hs do inverno, e ás 22hs do verão, o sino da matriz anunciava o toque de recolher, só se saia às ruas depois com autorização especial. Mas depois da Primeira Guerra Mundial, as administrações puderam se dedicar a melhorias na população e elas seriam importantes, principalmente em Porto Alegre.

Começou a ser construída a Igreja da Matriz, o Palácio do Governo e a casa da Junta Militar, único prédio daquela época que continuava de pé.

Em 1798, Porto Alegre já tinha 3 mil habitantes e nesse ano foi oficializada a função de Capitão do Mato, o caçador de escravos fujões, tendo a Câmara autorizado a marcação dos negros fugitivos a ferro.

Duas charqueadas funcionavam na capital, e desenvolvia-se a produção de trigo nas glebas dos açorianos.

Nas principais esquinas de Porto Alegre, pequenos cartazes anunciavam: “aulas particulares” a cargo do professor Antônio D’Ávila, recém chegado e conhecido como AMANSA BURROS.

Em 1808, o comerciante inglês JOHN LUCCOK diria: É aqui que todos os navios vem entregar seus papéis…

É aqui também que os principais negociantes residem ou tem seus agentes estabelecidos, de tal maneira que ela (Porto Alegre) pode ser considerada como o maior mercado do Brasil meridional”.