Depois de ler na WEB que, na China, existe a profissão de coletadora de sêmen, devidamente regulamentada e com remuneração atraente, inclusive com gratificação pelo risco de lesão inflamatória por esforço repetitivo, resolvi fazer uma busca. Aquilo não me pareceu coisa de país superpovoado, onde impera a lei do filho único. E a questão dos salários também me intrigou: por que justamente a China pagaria tão bem às “profissionais do ramo” (ou do seu sinônimo)? Essa “tecnologia de ponta” combinaria antes com a Suécia, mais aberta a inovações e com condições de trabalho seguras e flexíveis.
Depois de navegar em diversos sites, concluí que o significado original de WEB – teia ou rede – continua atual. Uma notícia é uma “bomba” que, verdadeira ou não, provoca “sinapses” por todos os “terminais nervosos” do sistema e logo se transforma em anarquia internáutica.
Apesar da dificuldade de separar o trigo do joio, há indicativos de que o explosivo acima, detonado em 2008, não passa de tremenda gozação (sem trocadilho), e que as imagens divulgadas fizeram parte de um filme pornô chinês de 1999.
Mas a fofoca, em nível mundial, abalou o conceito do Banco de Sêmen de Xangai, que teve de se pronunciar, dizendo que o procedimento é feito pelo próprio doador, sozinho, em sala especial, sem a ajuda de enfermeiras, enfim com toda a privacidade. Que nem no Brasil.

Um Caso Real

Para quem já leu a crônica “Mister X”, fique tranquilo que este não é o mesmo texto. Entre ambos há uma distância de cinco anos, tempo suficiente para a modernização dos procedimentos e “incentivos”. Se bem que, nesta área… Melhor eu contar fato:
Um candidato a pai, percebendo que não havia vencedores na “Olimpíada de Fertilização”, obrigou-se a fazer um espermograma. Só assim saberia por que seus espermatozoides andavam tão lerdos, se era devido ao excesso de calor, ou por falta de competência, coisa e tal.
Munido de um frasco, o homem foi conduzido a uma sala para a sessão “privée”. Numa breve avaliação, ele constatou que o ambiente não fora equipado com estímulos visuais e/ou sensoriais: luz branca que nem a dos açougues, nenhum equipamento de multimídia, nada de ar-condicionado. Só umas revistas ensebadas e um ventiladorzinho que fazia tec-tec-tec com suas varetas flácidas. Para piorar a situação, o buraco da fechadura parecia um olho espião.
O cara tirou a camisa e estendeu-a na maçaneta, tapando o furo. Sem coragem de tocar nas revistas, fez um esforço hercúleo para se concentrar. Que esperança! A imagem que lhe vinha à cabeça era do pessoal do lado de fora controlando o tempo com um sorrisinho irônico.
Finalmente, a porta abriu. Com passos leves para não ser percebido, o cidadão deixou o frasco “mágico” sobre a mesa da recepção e ia se mandar quando…
-Hei, hei, hei! Volta aqui! – gritou a recepcionista – tem umas questões pra responder.
-???
-Quanto por cento foi desperdiçado? – perguntou a moça, apontando para o nível baixo de material coletado.
O rapaz envaretou. Estavam mexendo com seus brios. Então, com o rosto vermelho de vergonha e raiva, respondeu alto para que não pairasse nenhuma dúvida no recinto. Afinal, ele era muito macho.
-Noventa por cento.