Na semana passada as estruturas da Assembleia Legislativa foram abaladas pela revelação de que o deputado Dr. Bassegio ficava com parte dos salários de assessores. A prática é velha e disseminada em quase todos os ambientes legislativos do país. Por óbvio, logo lembramos do caso local. Aqui quatro vereadores são investigados pelo Ministério Público por esta prática. Novidades em breve.

Não sei se este expediente de tomar parte dos salários dos assessores ainda é utilizado em Bento. O certo é que certas crises são saneadoras. No ano passado a arrecadação caiu além do projetado e a direção da casa legislativa precisou se adequar. Houve demissões e um reescalonamento salarial. Agora cada vereador tem direito a um chefe de gabinete com salário interessante de R$ 4.358,00 e mais dois assessores pelo salário de 3.560,00 ou, se preferir, pode nomear três com salários de R$ 2.285,00. É entendimento de quem transita na área, que sobrou pouca margem de manobra para que um vereador queira se apoderar de parte do salário do assessor. Se o fizer, não conseguirá atrair bons funcionários. Não sei…

Quem deseja saber mais sobre como andam os gastos do legislativo deve acessar o portal da Câmara de Vereadores BG. Clica em Transparência e procura por informações funcionais. Lá poderá ver a relação de cargos, tabela de padrões remuneratórios, valores de diárias e muitas outras informações. É um pouco complicado, mas se aprende.

Entenda se puder. Conversei com o comerciante Manuel Nobre, o Ceará, que foi reconduzido à vice-presidência do diretório municipal do PDT e perguntei sobre critérios para escolha de nomes e o motivo do presidente do Legislativo Valdecir Rubbo ter ficado de fora. A resposta: “Estamos querendo tirar a política de dentro do diretório”.

Aliás não estão claros o suficiente os motivos para que acontecesse esta cisão entre a executiva do PDT e o presidente da Câmara. Entre murmúrios, apurei que a distribuição de cargos na Câmara seria um dos motivos. Segundo Rubbo, a ausência de nomes históricos da lista motivaram seu afastamento.

Maristela Cusin Longhi, vice-presidente da Ciergs, mostra preocupação com o momento e não crê em recuperação no 2º semestre. Os indicadores da Movergs divulgados na semana passada são todos negativos. Mas há empresas do setor que estão conseguindo manter os índices do ano passado, regulam estoque, dão folga em algumas sextas-feiras. Ela adianta que o economista Marcelo Prado, do IEMI, dirá em primeiro de julho no Congresso da Movergs que acredita em melhora no segundo semestre. Ela não acredita, acha que vamos continuar pagando pelo menos por mais um ano os erros do governo em anos recentes.

Parte dos móveis da antiga agência da Caixa Federal foi para a sede da Polícia Rodoviária Federal. O pessoal não teria nem aonde sentar, uma vez que todo o mobiliário foi retirado pelos antigos ocupantes, o Batalhão Rodoviário Estadual. A Caixa foi pra sede nova com móveis zero bala. O restante do mobiliário foi entregue à Prefeitura.