O número de mortes provocadas pela dengue no Rio Grande do Sul voltou a subir após confirmação de mais três óbitos na terça-feira, 12, elevando para 20, as vítimas fatais da doença somente neste ano. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), uma mulher de 58 anos, moradora de São Leopoldo, no Vale do Sinos, que faleceu em 22 de fevereiro, uma idosa, de 81 anos, residente em Santa Rosa, na região das Missões, e que morreu em 6 de março, e um idoso, de 76 anos, morador de Iraí, no Norte do RS, falecido em 8 de março, são as novas vítimas da doença.

Segundo a pasta, os três tinham histórico para outras doenças. De acordo com os dados do painel da dengue no Estado, até o momento, 17.726 casos de dengue já foram confirmados, dos quais 15.065 são autóctones, ou seja, quando contágio aconteceu em terras gaúchas.

Governo decreta estado de emergência

Além das novas mortes, o Rio Grande do Sul decretou estado de emergência sanitária. O decreto, assinado pelo governador Eduardo Leite, está publicado na edição do Diário Oficial do Estado desta quarta-feira, 13.

A medida, segundo o Piratini, é que com a mudança de status sanitário, o Rio Grande do Sul comece a receber doses da vacina Qdenga, dando início a vacinação em massa do público prioritário nesta fase da imunização.

Além disso, com a decretação de emergência sanitária, há facilitação na compra de insumos e, eventualmente, ampliação de vagas em hospitais privados para atender os doentes, caso a demanda da rede pública seja ultrapassada.

A SES reforça a importância de se procurar atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas. Dessa forma, evita-se o agravamento da doença e a possível evolução para óbito.

Principais sintomas da dengue

  • febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias;
  • dor retro-orbital (atrás dos olhos);
  • dor de cabeça;
  • dor no corpo;
  • dor nas articulações;
  • mal-estar geral;
  • náusea;
  • vômito;
  • diarreia;
  • manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.

Medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes aegypti – como a limpeza e revisão das áreas interna e externa de residências e apartamentos, além da eliminação dos objetos com água parada – são ações que impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o Aedes.

Fotos: Divulgação / Agência Brasil