“Pontos de Afeto” transforma peças de crochês em almofadas que serão comercializadas em prol da Abraçaí

Uma iniciativa feita com muito carinho, dedicação, mas, acima de tudo, com muita solidariedade. Esta é a proposta do ‘Pontos de Afeto’, um projeto social que busca resgatar e manter vivas as tradições dos antepassados, por meio da arte do crochê, além de auxiliar as mais de 250 crianças e adolescentes atendidos pela Associação Bentogonçalvense de Convivência e Apoio à Infância e Juventude (Abraçaí).

Desde a terça-feira, 15, os pontos de venda receberam as cerca de 120 almofadas, produzidas com um só intuito: ajudar os pequenos a terem um futuro melhor, por meio da educação. Por iniciativa da empresária Beatriz Dreher Giovannini, em uma parceria com a artesã Marilene Galvagni Guerra, antigas peças de crochês, arrecadadas na comunidade e que eram produzidas pelas mães, avós, tias, bisavós, ganharam um novo significado: estamparam almofadas. Centenas delas foram confeccionadas sob uma curadoria cuidadosa e transformadas em peças únicas. Cada um dos itens contando uma história, um momento, revelando o que existia de mais importante em cada época. Além da doação das peças de crochê, os tecidos para as almofadas também foi doado.

Para Beatriz, ou Bita, como é carinhosamente conhecida, esse envolvimento com a comunidade de Bento Gonçalves e o espírito do voluntariado sempre estiveram presentes em sua trajetória. Por isso, o intuito de querer ajudar o próximo. “A gente está fazendo uma homenagem a estas pessoas que produziam estas joias, que são os crochês, e incentivando para que as demais pessoas façam uma boa ação. E porquê da escolha da Abraçaí, é por que penso que são 250 crianças que vão fazer parte de Bento, ou serão contadores, ou médicos, engenheiros, Nós temos que fazer eles pessoas melhores, dar condições melhores de vida para eles profissionalmente”, salienta. Para o próximo ano, a intenção é ampliar o projeto, fazendo mais almofadas, mas agregando, talvez, outros itens. “Temos mais de 200 guardanapos já preparados para o ano que vem”, pondera Bita.

A possibilidade de ajudar o próximo sempre foi importante para Marilene e quando procurada, aceitou o desafio de confeccionar as peças. “Começamos o trabalho ainda em fevereiro. Recebia o tecido já com os crochês aplicados e então fazia a costura e o enchimento das almofadas”, relembra a artesã.

De acordo com a presidente em exercício da Abraçaí, Maria Isabel Schramm, esta é uma oportunidade a mais para as crianças. “Temos o acompanhamento dessas crianças e cursos de profissionalização a partir dos 14 anos, introduzidos no mercado de trabalho. O valor arrecadado com a venda dos itens é muito importante para nossa sobrevivência”, pontua.