Entre os benefícios, está a geração de economia aos produtores rurais, uma vez que eles vão adquirir apenas os produtos necessários

Produtores rurais de Bento Gonçalves podem contar com mais um benefício para melhorar as condições de trabalho no campo. Recentemente, foi criado um programa municipal que visa incentivar os agricultores a fazerem a análise e correção da fertilidade do solo com orientação técnica, de forma gratuita.

O projeto, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Agricultura (SMDA) em parceria com a Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), deve realizar 500 análises neste primeiro ano.

Para isso, o Sebrae vai subsidiar 60% dos custos, enquanto o Município vai dar a contrapartida dos outros 40%, o que equivale a pouco mais de R$10 mil para a prefeitura. O valor total do programa vai custar R$26 mil aos envolvidos.

A engenheira agrônoma da SMDA, Sheila Carvalho Haiduck Padilha, explica que a análise de solo química completa serve para revelar a quantidade de nutrientes, permitindo calcular a necessidade ou não de adubo para as fases pré-plantio, crescimento ou manutenção da cultura. “Já a análise de tecido vegetal permite identificar se a planta apresenta ou não problemas nutricionais, para que o produtor adote medidas para correção”, esclarece.

Sheila destaca que a iniciativa está disponível para produtores que trabalham com qualquer cultura. “Uva, citros, pêssego, milho, olerícolas, etc. Já a análise foliar, neste projeto, é específica para agricultores selecionados pela Emater”, afirma.

Desde que o projeto teve início, em março desse ano, 55 pessoas já foram cadastradas. Para que possa receber o benefício, o agricultor deve possuir Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) válida e Talão de Agricultor.

Para a engenheira agrônoma, a importância do projeto está em motivar a discussão sobre a necessidade de correção da fertilidade dos solos. “Isto gerará economia ao agricultor que vai adquirir somente os fertilizantes necessários, pois o excesso de adubação, além de oneroso é prejudicial às culturas, estando associado ao aumento de incidência de doenças e necessidade tratamento”, finaliza.