Uma nova pesquisa publicada em uma revista científica especializada revela uma previsão alarmante sobre o aumento das mortes causadas por câncer no mundo. De acordo com o estudo, as mortes atribuídas à doença vão mais que dobrar até 2050, com um aumento estimado de 8,8 milhões de vítimas a mais nos próximos 26 anos. A projeção abrange 185 países e indica que o número de casos de câncer globalmente vai crescer 77%, totalizando 15,3 milhões de novos casos por ano até o final da década de 2040.

O estudo, que foi conduzido por uma equipe de pesquisadores de renome internacional, destaca que o maior aumento de incidência de câncer ocorrerá nos países com classificações baixas ou médias no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU. Em algumas dessas nações, o número de casos e mortes pode quase triplicar. Os principais fatores apontados para esse crescimento estão o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento populacional, fenômenos que contribuem diretamente para o maior risco de desenvolvimento de câncer à medida que as pessoas vivem mais tempo.

Impacto nos homens e nos tipos de câncer

Os homens devem ser os mais afetados, com uma estimativa de aumento de 16% nos casos de câncer até 2025. O câncer de pulmão, em particular, será o mais prevalente, respondendo por cerca de 13% de todos os novos diagnósticos de câncer e 19% das mortes relacionadas à doença. Esse tipo de câncer, que é amplamente associado ao tabagismo, continua a ser uma das formas mais letais de câncer, especialmente em homens.

O estudo também alerta para os desafios que os sistemas de saúde enfrentam com o aumento do número de casos de câncer, especialmente em países em desenvolvimento. A falta de infraestrutura adequada para diagnóstico precoce e tratamento eficaz pode agravar ainda mais os impactos da doença nessas regiões.

Prevenção e desafios para o futuro

Com o aumento projetado nos casos de câncer, os especialistas apontam que será fundamental intensificar os esforços para a prevenção da doença, o diagnóstico precoce e a oferta de tratamentos mais acessíveis. Além disso, há um foco crescente na necessidade de políticas públicas de saúde que visem reduzir os fatores de risco, como o tabagismo, a obesidade e a exposição ao álcool, que são fatores conhecidos na incidência de diversos tipos de câncer.

A pesquisa também ressalta a importância da educação sobre os sinais do câncer e a necessidade de garantir que os sistemas de saúde estejam preparados para lidar com o aumento da demanda por tratamento oncológico.