O Rio Grande do Sul está fora da listagem dos estados que receberão o primeiro lote de vacinas contra a dengue. A informação foi anunciada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 25. Em nota, apenas 16 estados e o Distrito Federal irão receber os imunizantes. Segundo a pasta, eles cumprem todos os requisitos para o início da vacinação. Além disso, o cumprimento de três critérios impostos pelo governo, limitou o número de regiões beneficiadas.
Mesmo com alta no número de casos e mortes por dengue desde o ano passado, o Rio Grande do Sul não conseguiu se enquadrar nas exigências. Somente em 2024 já foram confirmados 602 novos casos, uma elevação de 855%.
De acordo com as informações, receberão as doses, municípios com mais de 100 mil habitantes, que tiveram alta transmissão da doença entre 2023 e 2024 e ter predominância de casos com sorotipo DENV-2. Estão aptas a receberem as duas doses, com intervalo de três meses, crianças entre 10 e 14 anos, conforme orientação do Ministério da Saúde.
Ao todo, o Brasil deve receber 5,2 milhões de doses. Desse total, 1,32 milhão já chegaram. Está prevista uma nova remessa com 568 doses. Este, segundo o governo, é o número máximo de vacinas que o laboratório japonês, criador do imunizante, pode entregar, já que não possui capacidade maior de produção. A lista dos locais selecionados prioritariamente pode ser consultada no site do ministério.
Por outro lado, a vacina já é oferecida na rede privada, em farmácias e clínicas. O imunizante é oferecido neste formato desde o segundo semestre do ano passado. O valor da dose varia de acordo com cada estabelecimento.
A vacina contra a dengue Qdenga, desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023.
Foto: Takeda / Divulgação