A prefeitura de Bento Gonçalves definiu uma série de ações para reduzir os gastos até o final do ano. Demissões de funcionários terceirizados, redução do número de cargos em comissão (CCs) e a renegociação de dívidas tributárias para reforçar o caixa são algumas das atitudes que vem sendo realizadas pelo poder público atualmente. A meta é equacionar arrecadação e redução de gastos em R$ 5,5 milhões para que as contas fechem no azul no final do ano.

As ações mais contundentes foram definidas na manhã de ontem, durante reunião com o prefeito Guilherme Pasin. De acordo com o secretário municipal de Finanças, Marcos Fracalossi, as medidas se fazem necessárias para evitar a falta de pagamento dos compromissos já assumidos pela prefeitura. Ele revela que a estagnação da economia atingiu em cheio as contas de todos os municípios e que o corte nos gastos não é uma medida tomada apenas por Bento Gonçalves. “Estamos com a luz amarela ligada, por isso precisamos estar em alerta e realizar ações preventivas”, destaca o secretário.

Fracalossi explica que os recursos oriundos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) vem reduzindo sensivelmente nos últimos meses. “Na semana passada, tínhamos a previsão de entrada de R$ 1 milhão de ICMS ontem. Recebemos apenas R$ 750 mil. Este é um reflexo da situação econômica atual, em que as previsões de arrecadação não estão se confirmando. Infelizmente, somos reféns do desempenho da economia”, resume o secretário.

Ainda em setembro, a prefeitura determinou o corte no pagamento de horas extras e de diárias para a realização de cursos fora do município. A expectativa da Secretaria de Finanças é de que esta medida garanta uma economia em torno de R$ 600 mil até o fim do ano. Outra medida adotada foi o corte de pessoal dos serviços terceirizados. Os técnicos de enfermagem e enfermeiros que atendiam nas escolas e creches do município foram demitidos. Serventes, vigias e auxiliares-administrativos também foram demitidos nas secretarias de Educação e Saúde. Em relação aos cargos em comissão, as demissões devem começar ainda esta semana e foram definidas durante a reunião com o prefeito Guilherme Pasin. Ainda não se sabe o número certo de CCs que serão desligados. O secretário de Finanças revela que estes desligamentos também são necessários para compor o pacote de redução estipulado pela prefeitura, já que o custo com as terceirizações e os CCs também é expressivo.

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